quinta-feira, julho 17, 2008

O IV Congresso Brasileiro de Publicidade sob um Olhar Cristão

MINHA RESPOSTA
AO IV CONGRESSO BRASILEIRO DE PUBLICIDADE

CAMPANHA CONTRA A PROPAGANDA DE BEBIDAS ALCOÓLICAS

João Cruzué

Diante de mais de 1.400 congressistas que lotaram o auditório do World Trade Center em São Paulo, o vice-presidente das organizações Globo, Sr. João Roberto Marinho, e o Presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, Sr. Roberto Civita, puxaram a sardinha para suas brasas, ao tecer críticas a um suposto paternalismo do estado brasileiro que procura tutelar seus cidadãos proibindo, e querendo proibir ainda mais, a publicidade na mídia de certos produtos.

O Sr Marinho afirmou que o estado vem tutelando o cidadão como se este fosse incapaz de discernir entre o certo e o errado, lembrando que o exercício da liberdade torna as escolhas mais consistentes, alem do que não "há democracia com tutela".

Preocupados, evidentemente, com o faturamento de suas empresas, os senhores Marinho e Civita, na verdade, fizeram um discurso sob medida para os ouvidos dos publicitários presentes. De forma alguma posso crer que as nações européias e os EUA não são democráticas pelo fato de "podar" pela raiz publicidades muito menos perniciosas que as que são veiculadas no Brasil.

Com certeza, depois de ter perdido o filão da publicidade da indústria do tabaco, as empresas Abril e Globo e tantas outras estão alarmadas com a possibilidade real de perda da receita oriunda das indústrias da cerveja e similares. Não importa se milhares de pessoas vão morrer de câncer das vias respiratórias ou de acidentes de trânsito por causa da bebida - o que os publicitários querem é FATURAR.

Queremos apresentar a seguir uma resposta consciente em apoio às autoridades brasileira que nos têm surpreendido com políticas públicas dignas de louvor: por exemplo a lei "seca". E esperamos mais: o cumprimento da promessa do Ministro da Saúde, Dr. José Gomes Temporão, que fala abertamente em dar à
publicidade das bebidas alcoólicas o mesmo destino que já foi dado às de propagandas de cigarro.

"O exercício da liberdade torna as escolhas mais conscientes"
João Roberto Marinho

SERÁ?

driving drunk 3

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driving drunk 1

driving drunk 4

driving drunk 2

Todas estas fotos têm uma relação entre direção e embriaguês.

Como cristão, abomino todo e qualquer faturamento de publicidade que venha direta ou indiretamente produzir a morte de qualquer cidadão. Milhares de cidadãos. Mas aprovo tudo aquilo que venha preservar e dignificar a vida. Se o exercício da liberdade torna mesmo as escolhas mais conscientes, como diz o sr. Marinho, meu bom senso de liberdade me diz que devo apoiar as políticas de "tutela" do governo e repudiar as lições de "democracia" daqueles que fazem dinheiro às custas de publicidade enganosa. Enganosa sim, pois atrás daquele espírito de "camaradagem e coleguismo" das propagandas de cervejas não é mostrado a miséria dos alcoólatras. E por causa da hipersexualização da mulher brasileira, por exemplo: via propagandas de cerveja, ela é vista como uma prostituta no exterior, principalmente na Europa, induzindo ao famigerado turismo sexual ao Brasil. Diante deste quadro, apoiamos as iniciativas do governo que foi eleito democraticamente para isso: atender à voz da maioria.


João Cruzué
cruzue@gmail.com

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4 comentários:

Sammis Reachers disse...

Assino embaixo, João. Me perdoem pelo que vou falar, mas é preciso: Mamon (o dinheiro) é o pior dos falsos deuses, pois transforma homens em prostitutas.
É assim que vejo esses capitalistas amorais, esse velho oligopólio da informação que tem ditado a 'opinião pública' no Brasil...

Graças a Deus que este quadro está mudando.

Um fraterno abraço.

daladier.blogspot.com disse...

Concordo com o senhor meu irmão. Eles ficam revoltados com as restrições. O Governo já descobriu que a arrecadação de impostos com cigarros e bebidas, por exemplo, não cobre os gastos com os problemas decorrentes destes vícios.
Nós sempre estivemos certos, esta é parte da ojeriza que nutrem contra os evangélicos.

Cíntia Kaneshigue disse...

eesa discussão é séria mesmo!!Aqui no japão,a coisa não é diferente,a tv é poluida por propagandas de bebidas,o cigarro também foi abolido da telinha...Os comerciais de bebida sempre mostram atletas suados depois de um jogo,se deliciando numa "gelada".Vejo nisso um absurdo muito grande,pois os jovens aqui,como em qualquer lugar do mundo são diretamente influenciado pela mídia e por ídolos esportivos!!!
Espero que o ministro da saúde cumpra com o que disse....

Anônimo disse...

Ótima análise, João.