quarta-feira, setembro 10, 2014

A realidade da utopia do Übermensch

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Obra do "Übermensch"

JOAO CRUZUE

Nietzsche não nasceu doido. Ele veio de uma família luterana, ficou órfão de pai, cursou teologia, filosofia, misturou moral com ideal. Tornou-se um crítico religioso e envenenou-se com o próprio conhecimento. Voltou-se contra os aguilhões da moral cristã e, depois, morreu maluco.

Escreveu muitas coisas, principalmente contra o cristianismo com base na hipocrisia dos líderes cristãos da sua época. O que o torna amado e endeusado como o grande filósofo desta geração. Aliás, sua fórmula ainda é usada com muito sucesso para vender livros, como por exemplo: por Dan Brown e o falecido Saramago. Basta que alguém (ainda medíocre) deboche do sagrado, para chamar atenção e vender livros.

Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844 - 1900) é muito comentado e admirado pela sua filosofia sobre o homem ideal, o Ubermensch, o ultimate man, o "além do homem", o "super-homem filosófico", que não se embaraça com princípios morais, a fim de atingir o máximo de si. Para o filósofo, os princípios morais do cristianismo são amarras que enfraquecem o homem, que freiam seus instintos, tornando-o servil, humilde, manso, impedindo-o de potencializar-se.

É certo que o verso: "Deutscheland übber alles", do hino da Alemanha (nazista) "Las Lied der Deutschen" transpirava a "superioridade" da raça alemã, de inspiração evidentemente idealista do autor do "além do homem" - Nietzsche.

Hitler seguiu a "cartilha" de Nietzsche, e levou exércitos o exército de "super-homens" alemães à loucura e ao "Shoah". Então eu me pergunto: Onde estava a força deste "super-homem"? Uma farsa. Uma utopia que se revelou uma loucura. O conhecimento do bem e do mal é um atributo humano, mas uma filosofia que estimula a libertação dos freios morais para atingir o potencial de um homem - sempre será um desastre. A história não mente.

O apóstolo Paulo, o anti-Nietzsche, escreveu: Quando penso: Estou fraco, sou forte! A fraqueza de Deus é mais forte que qualquer poder humano. E não é só os cristãos que pensam assim. Gandhi tirou os ingleses das costas da Índia, em um tempo que a Union Jack era muito mais poderosa. Ele usou os princípios da não-violência, depois aprendidos pelo Pastor Martin Luther King.

A essência do significado de fraqueza no cristianismo não se pode medir com paradigmas humanos. 

Quando Jesus Cristo disse: ...E aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, não estava querendo dizer que tinha um espírito fraco, tímido ou covarde, mas que o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza. Quando um homem ou uma mulher se rende à graça salvadora do Criador, ele/ela não se apequena, mas se coloca em posição de ser fortalecido/a por Deus. Tudo posso naquele que me fortalece. Filipenses 4.13.

Se o cristianismo autêntico fosse mesmo coisa de servos e derrotados, não teria sobrevivido diante dos ditadores romanos. De onde vem a força do cristão? Vem do seu relacionamento e comunhão com Deus. A oração de um cristão santo é muito mais poderosa que uma nação inteira.

O "além do homem" que Nietzsche criou, livre das ligaduras morais, não se concretizou nem nele próprio. Um super-homem sem princípios é um louco em potencial, pronto para perpetrar qualquer atrocidade. Há um lugar metafísico no ser humano que se chama espírito. Ou ele é ocupado pela presença divina ou não é. Quando ele deixa de ser ocupado pela presença de Deus, não fica vazio para sempre. O mal que sempre anda de passagem, busca lugares vazios para fazer sua morada. Não importa se você crê ou não, é assim.

Nietzsche era um cristão, formado em teologia. Depois de conhecer a fundo toda hipocrisia dos líderes religiosos da sua época, pensou que o responsável por tudo aquilo era Deus.  Não era. Além daquele lamaçal de religiosos corruptos, havia quem não tinha se corrompido. E o filósofo concentrou seu foco na escuridão e achou que não havia mais luz. A presença de Deus em algum tempo o deixou, da mesma forma que deixou o Rei Saul. Quanto mais se enraivecia contra a Bíblia mais abria seu espírito para um demônio.  Um demônio que passou todo tempo despercebido e se rindo da ignorância de Nietzsche.

No final o Übermensch levou quase uma Alemanha inteira ao desvario e à Loucura. Uma utopia filosófica que gerou um resultado¹ desastroso. Ainda prefiro ser cristão. Sei que o mundo está infestado de falsos cristos e falsos cristãos, mas não posso perder todo o meu tempo criticando e olhando a maneira de viver deles. É melhor focar na vida de homens e mulheres de Deus.

Não posso ficar viver focado nas cinzas de um ex-cristão, porque Deus não mais está habitando no espírito dele. Deus não habita em templo sujo. Qualquer líder religioso que perde a graça de Deus, se torna em morada do diabo. E esta história é bem real na vida um personagem bíblico: Judas Iscariotes! O primeiro discípulo a se "libertar" das ligaduras morais... pensando estar fazendo um "bem" a sua pátria. Judas vendeu o Cristo, e Nietzsche foi a grande má influência para Hitler. 



1. Mais de 30 campos de concentração




2 comentários:

Pra.Simone Soares. disse...

http://sentimentosvivido.blogspot.com.br/

livro:O Diário de um pastor

Anônimo disse...

livro :O diário de um Pastor