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quinta-feira, fevereiro 04, 2016

Um lugar de Refúgio




Wilma Rejane

Salmo 57:1:" Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia de mim, porque a minha alma confia em ti; e à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades."

Um exército de homens armados cercava a caverna de Adulão, lugares estratégicos de Mizpá e Judá a fim de capturar Davi. O ódio e a inveja de Saul provocava toda esta situação de calamidade. E é nesse contexto que o Salmo 57 é criado, como um uma oração de socorro na providência Divina. À sombra das asas de Deus era o ùnico lugar, o mais seguro lugar, inacessível para os inimigos e absolutamente disponível para o Davi aflito e confiante. Deus,portanto, é invocado em oração, como um pássaro cuidadoso e amoroso abrigando seu filhote embaixo de Suas asas.

Em vários outros lugares da Bíblia a fraternal imagem do Pai Pássaro é invocada para transmitir a atuação de Deus em relação aos homens. No livro do profeta Sofonias, por exemplo, as asas de Deus estão estendidas sobre o remanescente humilde de Israel:

"Mas deixarei no meio de ti um povo humilde e pobre; e eles confiarão no Nome  do Senhor." Sofonias 3:12. Confiar aqui se traduz em chasah (dicionário Strong 02620) = abrigar em Deus, acolhido em Deus, sob a proteção de Deus da mesma forma que um filhote pássaro está protegido sob as asas de seus pais.

Em outra passagem, Deus também é citado como um abrigo com asas resguardando a jovem Rute, uma mulher sem posses e sem herdeiros que teve sua vida transformada através da fé em um Deus que não apenas abriga filhos, mas preserva sonhos fazendo-os florescer na sombra do Seu tempo:

O Senhor retribua a você o que você tem feito! Que seja ricamente recompensada pelo Senhor, o Deus de Israel, sob cujas asas você veio buscar refúgio!" Rute 2:12

É revigorante abrigar-se em Deus todos os dias e voltar a abrigar-se nas calamidades. Neste tempo as asas de Deus nos aquecem enquanto o mundo é um lugar gélido e cruel. 

As asas de um pássaro se oferecem como abrigo de forma totalmente voluntária, por bondade, cuidado. É sob as asas que os filhotes estão salvos de predadores, do mau tempo. E aquilo que estaria destinado aos filhotes, recae sobre o pássaro de asas abertas (ou fechadas) que abriga filhotes. E essa situação é tão parecida com o amor de Cristo que abriu seus braços em uma cruz para abrigar o mundo, para salvar pecadores. Tudo recaiu sobre Ele: nossas dores, enfermidades, maldades (Isaías 53:4). E na cruz nos abrigamos, no calvário, à sombra de Cristo nos refazemos, até que este mundo passe, que tudo passe e tudo haverá de passar, somente o amor de Cristo triunfará (I coríntios 13:10).

Abriguemos-nos em Deus que por meio de Cristo estende Suas asas sobre nós. E neste lugar estamos salvos. Calamidades existem, elas nos alcançam sem permissão nossa. Porque é curso da vida a incerteza dos dias. Mas, sob as asas de Deus somos transportados para um lugar de paz,uma paz que o mundo jamais poderá dar (João 14:27). 

Deus o abençoe.

segunda-feira, junho 22, 2015

O propósito de Deus nas provações do cristão

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No limite da esperança
Autor: João Cruzué
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Por que será que o Senhor Deus sendo tão bondoso, dono da prata e do ouro, permite que cristãos fiéis sofram? Aparentemente é um contrassenso a visão de ímpios vivendo regaladamente, incrédulos se "dando" bem na vida, enquanto honestos filhos de Deus vão comendo poeira no deserto. Uma corrente filosófica diz que Deus criou o mundo e os seres humanos, mas que os deixou à mercê das circunstâncias e da própria sorte, à semelhança de uma tartaruga marinha. Quero dar meu testemunho para desmentir este sofisma.

De agosto de 1992 a julho de 2003, eu fiquei desempregado. Bati em muitas portas, fiz muitas entrevistas, enviei centenas de currículos, mas falhei em todas as tentativas, exceto na última.

Neste tempo perdi quase tudo que possuía. Para reduzir a despesa doméstica fui contando gastos. Tiramos nossa primeira filha da escola particular. Vendemos nossa linha de telefone. Nossa segunda filha fez o ensino básico em escola pública. Até nossa comida foi medida. E um dia,  voltando do supermercado apenas com meio quilo de café, eu dei graças a Deus com lágrimas nos olhos.

Por falta de melhores oportunidades fui para o campo plantar mandiocas em um sítio da família. Na vida espiritual eu estava bem, pois Deus não me abandonara. Ele me deu uma missão: Juntar literatura usada de Escola Dominical, para mandar para dentro de penitenciárias no Estado de São Paulo.

Só em julho de 2003, onze anos depois, uma porta se abriu. Era um contrato de emergência para ser contador em um Hospital da Zona sul de São Paulo. No ano seguinte houve o concurso, e tive contratação definitiva. Durante aqueles seis anos vi muita gente nova chegando e tomando cargos maiores que por direito de oportunidade seriam meus. Todavia eu mantive um princípio: Aquilo que Deus me desse ninguém tomaria.

Em 2009, fui convidado a deixar o posto para fazer parte da equipe de contadores da Secretaria de Finanças do Município de São Paulo. Fui aprovado em entrevista feita com o próprio Secretário. Só que eu seria emprestado. Ficaria por lá à mercê do tempo e dos ventos.

Era uma grande honra. São os que são convidados para trabalhar naquele departamento. Eu estava muito contente.

Na semana da mudança, recebi um telegrama.

Pensei que era alguma conta atrasada ou coisa pior. Falava de um concurso. Uma convocação do Tribunal de Contas para a cerimônia de nomeação em um cargo maior e um salário melhor.

Buscando na memória alguma lembrança do tal concurso fui parar em dezembro de 2005. Data de uma prova. Não é sempre que um concurso de validade por dois anos, é prorrogado. Um telegrama para escolher uma vaga depois de quatro anos. Coisa há muito esquecida. Foi o Senhor que me deu.

E avisou-me que Ele foi o autor daquela oportunidade.

Isto aconteceu comigo em 12 novembro 2009.

O Senhor permitiu que eu fosse provado. Amassado. Afinado. Provasse a poeira do deserto e fosse chamado de "coitadinho" pelos familiares. E aos 53 anos quando os todos achavam que minha vida sempre seria uma eterna mediocridade, algo novo aconteceu.

Se você está no deserto comendo poeira e caminhando sob sol forte, não desanime. Mantenha-se ocupado na vida material e arranje alguma coisa de Deus para trabalhar na Igreja no plano espiritual.

Não descuide dos exercícios físicos nem da oração. Mantenha equilibrados o corpo e a alma.

O Senhor não se esqueceu de você. Ele não vai tirar você do deserto. Nem arrancá-lo da fornalha. A presença dele ao seu lado é uma promessa fiel. E um dia, quando você nem mais estiver esperando, Ele vai se inclinar, e olhar para você, e vai dizer: Hoje eu vou mudar a sua sorte!

As provações são tempos de nossa vida que antecedem as grandes bênçãos. Se por um lado elas expõem toda nossa fraqueza, por outro é durante as crises que Deus está mais perto. Basta ser fiel no pouco e não ficar deitado no pó. Não há tempo mais apropriado para aprender a não ter vergonha de dizer do fundo da alma: Muito obrigado Jesus!