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quinta-feira, abril 03, 2014

Contando as estrelas do céu


Deus conhece os seus Sonhos
Não desista deles


Conting Stars
"Foi o Senhor que fez isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos"
JOÃO CRUZUÉ

O Deus Altíssimo, falou com Abraão pelo menos em oito ocasiões. Me identifico muito com Abraão, pois tivemos que deixar nossa terra, nosso povo, nossa parentela, para sermos salvos e abençoados em terra estranha. Sempre que tenho a oportunidade de olhar para um céu estrelado, geralmente em noites sem lua e longe da cidade, passa a me lembrar  da ocasião em que "El Shadai" mandou Abrão olhar para o céu e contar as estrelas. Abrão teve sua fé  acrescida aos poucos. Gênesis 15: 1 ao 6.

A primeira vez que Deus falou com Abrão está em Gênesis 12:1. Ele estava em Ur da Caldeia e o verbo  no imperativo: "Sai-te"! Uma ordem. Seu Destino seria uma terra distante, que apenas conheceria no futuro - SE saísse. Era condicional. As vantagens poderiam ser riqueza, 
fama e prosperidade. Abrão deve ter saído com interesse em alguma dessas coisas, pois junto dele foram o pai Terá e o sobrinho Ló. No meio do caminho, em Harã da Síria, o pai morreu. Mas o sobrinho continuou. Iam ficando ricos, à medida que seguiam em frente.

A segunda vez que o Senhor lhe apareceu , foi para 
dizer que a Terra de Canaã, onde chegara, era  sua Terra Prometida. Abrão tinha um segredo, uma profunda frustração, ele não tocara ainda no assunto, mas Deus conhecia a conhecima muito bem. Disse Deus: "À tua semente vou dar esta Terra", provocando seus sentimentos. Mas a terra prometida trouxe uma surpresa: a fome!

E veio uma grave fome sobre a Terra de Canaã. Por isso Abrão desceu ao Egito e Ló, o sobrinho, foi junto. Como "bons" negociantes do Oriente, uma mentirinha aqui, outra ali, não faria mal... e, foi assim, por causa de uma mentira , o Faraó os expulsou do Egito. Saíram ricos. Ricos em gado, ouro, prata, criados, escravos, de volta à Canaã - às custas de esperteza.

Na volta, era gado de mais e terra de menos. Canaã ficou estreita para os dois. Isso foi o estopim para as primeiras contendas que entre os pastores do tio e os do sobrinho. Assim, finalmente, Abrão chegou ao último ponto da exigência de Deus: sair de perto da parentela. Propôs ao sobrinho que se apartasse dele. Deixou que escolhesse em primeiro lugar os pastos para criar e engordar o gado. E o sobrinho não titubeou , com muita esperteza, escolheu os melhores pastos que ficavam na Campina do Jordão. E o Tio ficou com o resto, os pastos ruins na região das montanhas.
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SEPARAÇÃO ENTRE LÓ E ABRAÃO

Por isso, pela terceira vez, o Senhor apareceu para um Abrão solitário, que amargava uma ingratidão. Abrão tinha tudo: ouro, gado, 300 homens de guerra; cerca de 1.000 pessoas serviam-no.

Ou quase tudo. Sua família, de ver
dade, agora era constituída de dois velhos: Sara e ele próprio. Ao olhar as famílias dos servos, dos escravos, ele podia observar que eles tinham filhos. Todo seu ouro, prata, gado, escravos não eram o bastante para fazer nascer um herdeiro legítimo de um casal de velhos.

Conhecendo Deus sua frustração - e Ele conhece as de todo mundo, inclusive as suas e as minhas - apareceu e disse: Abrão! levanta, agora, seus olhos e olha toda esta terra, par
a o Norte, para o Sul, para o Oriente e para o Ocidente - toda esta terra que vês, te hei de dar a ti e à tua semente, para sempre. Esta promessa, a mais valiosa para Abrão, somente foi pronunciada depois que ele cumpriu a toda a vontade de Deus: sair da sua terra, da casa do pai, e do meio da parentela.

Deus não ficou somente nestas palavras, continuava a lhe provocar: "A tua semente, Abrão, será como o pó da terra. Levanta-te e percorre com seus olhos essa terra, no seu comprimento e na sua largura, porque a ti darei".

A partir desse ponto, o coração de Abrão não estava mais nas suas posses. Deus queria despert
ar nele um novo sonho. Mas Abrão nem de longe pensava nisso, continuava remoendo ocultamente sua frustração. não sabendo que "Aquilo que nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano é o que Deus tem preparado para aqueles que o amam" I Coríntios 2:9.

Creia nesta palavra.


Deus apareceu a Abraão pela quarta vez, e isso aconteceu depois do seu retorno da guerra em que se envolveu para resgatar o sobrinho e família, o Ló das campinas do Jordão. Armado com 318 homens conseguiu trazer de volta a família do sobrinho e recuperar tudo. Na volta deu o dízimo daquilo que foi recuperado. Agora ele tinha certeza de que por trás da sua prosperidade estava a boa mão de "El Shadai". Mas a guerra fez Abrão tremer. E, Deus apareceu para lhe dizer: " Não temas Abrão, eu sou o teu escudo (segurança na guerra) e o teu grandíssimo galardão". E o significado dessa palavra: galardão, para Abrão ainda era desconhecido
. Mas, foi nesta vez que Abrão abriu seu coração para revelar a sua mais profunda frustração: "Senhor, me falta uma coisa para que esta casa seja feliz de verdade. Eu não tenho filhos, e o meu herdeiro vai ser o mordomo, o estrangeiro Eliezer.

E foi aí que veio a palavra do Senhor ao espírito de Abrão para lhe dizer uma grande surpresa: "Este mordomo, não vai ser o teu herdeiro, mas aquele que gerar de ti será, este sim, será o teu herdeiro".

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VIA LÁCTEA E O CRUZEIRO DO SUL

E levou-o para fora e repetiu a ordem: OLHA, agora, para os céus e e conta as ESTRELAS, se as puderes contar. E concluiu: "Assim, será a tua semente". Contar estrelas aqui significa reacender  sonhos. Assoprar novamente as cinzas. Pode ser que ainda tenha ali uma pequena brasa acesa. Aprendi sobre isso, depois de 11 anos de desemprego. Minha melhor oportunidade somente veio quando já estava "velho" com 48 anos. Quanta frustração naqueles 11 anos, mas Deus não me deixou ficar para sempre frustrado e envergonhado.

Minha vizinha, Andrea, recebeu a mesma bênção de Abrão. Ela, seu esposo e seus amigos oraram 17 anos por um filho. Ela contava que certo dia, ela fora humilhada por outra vizinha que disse mais ou menos isso: "Cadê o seu Deus? Eu tenho dois filhos e você nenhum!" Sabe o que aconteceu? Passaram-se 17 anos. Quando chegou o 18º ano de casamento, Deus disse: Basta! e lhe deu o primeiro filho que nasceu de sete meses.. Um ano depois, uma filha com nove meses de gravidez. Um casal, herança de nosso Deus. Foi uma noite de choro que demorou quase dezoito anos, mas a manhã veio porque o Senhor é fiel.


Abrão, àquela altura, já possuia mais intimidade com o Senhor. Entretanto, ele também era uma pessoa apressada que não gostava de perder tempo. E quase pôs tudo a perder quando ouviu a sugestão da esposa, para que tivesse um filho com a escrava. E Agar - a escrava - concebeu e deu o primeiro filho a Abrão, Ismael, o pai do povo árabe. 


Quando Deus fala, se formos fiéis, nosso espírito sentirá uma paz incomum. Quando a voz não é Dele, nosso coração fica com dúvidas. E, se decidirmos com dúvidas o maligno pode roubar nossas bênçãos verdadeiras. Abrão perdeu 14 anos de seu tempo por uma decisão errada. Ele seguiu a voz da razão porque achava loucura receber sua maior vitória no tempo da velhice.

Em Gênesis 17, Deus apareceu pela quinta vez a Abrão já com 99 anos idade. Sara, sua esposa, com 89 anos. Um casal de velhos gagás, como se diria hoje. Nesta oportunidade Deus lhe cobrou santidade: "Eu so
u o Deus Todo Poderoso; anda, Abrão, em minha presença e sê perfeito". Em seguida,trocou o nome dos dois. Agora, eram Abraão e Sara!

A confirmação da promessa de um filho, naquela idade, fora motivo de risos por parte dos dois. Risos de singela incredulidade. Eles ainda não acreditavam completamente. Foi por isso que Deus deu nome ao sonho de Abraão: ISAQUE!


Caro leitor, vamos fazer uma nova pausa. Antes de conhecermos completamente o poder de Deus, costumamos carregar lá no fundo do "baú" as mais diversas frustrações, as montanhas de impossibilidades. Gênesis 18:14 diz: "Há alguma coisa difícil para Deus realizar? E, Lucas 1:37 responde: "Porque para Deus nada é impossível!"


Na sexta vez o Senhor lhe apreceu pessoalmente, com dois anjos na forma de visitantes - Gênesis 18. Sara ainda estava com dúvidas. Deus veio para confirmar que dali a nove meses, a partir daquela visita, o ISAQUE IA CHEGAR. Também avisou a Abraão sobre a destruição de Sodoma e Gomorra. No capítulo 21, Isaque nasceu. Isaque significa riso. Riso, porque se alguém soubesse da história, com certeza riria. E cresceu o menino e Abraão fez um grande banquete no dia em que Isaque foi desmamado. Os risos da alegria verdadeira invadiram aquela casa. Ela deixou de ser uma tenda de velhos tristes e rabujentos para ser um lar radiante e barulhento. A "loucura" do que Deus pode fazer.


Isaquinho era o príncipe daquele lar. Abraão não tinha mais frustração. Não tinha mais sonhos. Isaque era tudo. Sua fé ainda não tinha sido posta à prova. Era um crente em Deus crescido no verão, em tempos de chuvas, em tempos de bênçãos. Ouro, prata, gado, criados, escravos e por fim, o Isaque. As lutas tinham sido até pequenas até ali.

E veio então a sétima vez que o Senhor lhe a
pareceu. E lhe pôs à prova.
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Rembrandt
--Abraão! disse Deus, toma, agora, o teu único filho, Isaque, a quem amas e vai a terra de Moriá, e o sacrifica, e o oferece em holocausto a mim. Então, Abrão se levantou e foi cumprir a ordem de Deus. Só não a cumpriu, literalmente, porque o próprio Deus enviou um anjo para impedir.

Naqueles três dias, que caminharam até próximo do Monte Moriá, Abraão teve para meditar profundamente na gravidade do seu compromisso. Ele decidiu certo. Ia obedecer a ordem de Deus. Uma ordem cruel e duríssima. No seu coração ele tinha uma coisa: paz com Deus. Ele cria em Deus. O mesmo Deus que dava filhos a velhos gagás, proveria uma solução para o caso. Assim, chegou Abraão a conclusão de que Deus era tudo para ele. Lhe daria o primeiro lugar Isaque já estava no segundo plano. Tal atitude comoveu o coração de JEOVÁ. A fé de Abraão atingira a maturidade completa: chegara à perfeição, pois, agora, trocaria tudo para agradar e fazer a vontade de Deus. Abraão amava o Senhor de todo o coração.

Por causa da fé de Abraão, são abençoadas todas as famílias da terra. O Isaque simbolizava Jesus Cristo, o único filho do Deus Vivo, do Deus Altíssimo, do Deus Eterno, do Deus Todo Poderoso. Jesus descendia de Abraão. O seu sangue no sacrifício da cruz do calvário é o suficientemente necessário para que todos que nele creem possam chegar diante do Pai e alcançar a paz da reconciliação.

E, uma vez reconciliados por Cristo, podemos confiar em seu amor. Se você apresentar a Ele em oração suas frustrações, suas feridas, limitações, quedas, saiba que Cristo pode reacender em você novos sonhos e novas visões. Quando tiver a oportunidade de ficar longe da cidade, olhe à noite para o céu, sem lua, e tente contar as estrelas. Vai ver que isto é impossível, pois elas são milhares a olho nu. Assim também não poderá contar as bênçãos que Deus tem guardado para você.


cruzue@gmail.com


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Neste link:  as mensagens de João Cruzué

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domingo, março 23, 2014

Três conselhos cristãos para se livrar das dívidas

O PRÍNCIPE DA PAZ
João Cruzué
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Eu já era um cristão entendido na Palavra de Deus, quando passei por um longo e crescente aperto financeiro. Desempregado, casado e duas filhas pequenas. Foram onze anos. Tenho recebido muitos e-mails pedindo uma palavra conforto sobre o assunto e, por isso, quero aproveitar a oportunidade, para  compartilhar três conselhos cristãos com você. 

Conheci um irmão que era muito bom em negócios. Diria que era tão bom, que tentava ir além do limite do temor de Deus. Em certa época, eu estava lá embaixo, numa cova que não tinha tamanho. No mesmo tempo aquele irmão, colega de congressos de Igreja, apareceu e convidou-me para trabalhar no ramo dos negócio de seguros.  Ele era muito esperto; ganhou muito dinheiro. Como o dinheiro para ele vinha em primeiro lugar, muita gente foi passada para trás e se viu prejudicada com a ganância do moço.  O tempo passou, e tudo que ele ganhou  ele começou a perder. Casa, carro, honra, etc. Era uma pessoa muito abençoada, mas por causa do amor ao dinheiro, Deus foi sendo deixado para trás em sua vida.

Da cova (falo de situação financeira muito difícil) depois de onze anos, Deus se lembrou de mim, e abriu-me uma porta.  Ano de 2003.  Esta porta foi em uma Autarquia da Prefeitura de São Paulo.
De lá para cá, foram outros onze anos e a cada ano, Deus foi aumentando a minha prosperidade. Não fiquei rico, porém, sem dívidas e comendo, junto com minha família, um pão com fartura.

Nisso agradeço e glorifico ao Senhor, pois se não fora Ele, nem mais estaria vivo ou vivendo com a família.

Antes de ir ao meu propósito, um parêntesis.  Não venha me dizer que o justo não passa por necessidade. Ele não passa a vida inteira na necessidade, mas de vez em quando ele passa por muitas provações. O livro de Gênesis está cheio de experiências de vida.  A Terra de Canaã manava leite e mel, mas de vez em quando "rolava" uns anos de deserto também, para que o povo não se "esquecesse" de ouvir a voz de Deus e atentasse para a sua vontade.

Primeiro conselho: Não seja desonesto nos negócios com o próximo. Não passe a perna nos outros em qualquer negócio que seja, porque Deus ouve a oração do prejudicado e vai julgar a causa dele, e cobrar de quem lhe deu prejuízo. Você pode acumular riqueza e bens de forma desonesta, mas com o passar dos anos, tudo aquilo vai virar pó. Se não for na sua mão, vai ser na de seus filhos. Ajuntar riquezas com desonestidade é como construir uma casa na areia! Atitude: Se você deu prejuízo ao próximo, vai e conversa com ele. Peça perdão. Assumo um compromisso de devolver o que é dele. Se não tiver o que devolver, assuma um compromisso de honrar sua dívida, assim que a temporada de deserto passar.  Isto é bíblico. Quando Jesus foi visitar a casa de Zaqueu, ouviu dele um compromisso de arrependimento e de restituição de produto de corrupção. E por falar nisso, não aumente as estatísticas brasileiras, não pratique corrupção com dinheiro público. Há muita miséria nesta nação, e uma das causas é o desvio de dinheiro público. Dinheiro de corrupção é maldito.

Segundo conselho: Não gaste todo mês aquilo que você não ganha. Ponha em equilíbrio as suas contas. Se ganha 1.000,00, não gaste 1.005,00. Se tiver seus filhos na escola particular, tire e ponha na escola pública. Mas irmão, isto é falta de fé... Não é não. Nossos filhos aprendem melhor os segredos da oração e o valor do dinheiro no tempo de deserto. O deserta também é uma aula de cidadania. Se o seu  carro está levando grande parte dos seus ganhos, venda-o. Você pode andar de ônibus. De trem. De metrô! Se mesmo tendo feito a SUA PARTE, a sua dívida que está aumentando, ORE. Ore e peça ao SENHOR que lhe mande socorro. Com muito juízo, procure ajuda da sua parentela.  

Primeiro foi Deus, depois foi minha família e a família da minha esposa que muito nos ajudaram no tempo da secura.  Mas eu também fiz a minha parte. Tirei minha filha da escola particular. A caçula sempre estudou na escola pública.  Minha  primogênita está se formando na USP, daqui a dois meses vai pegar o canudo. A caçula, foi mais longe,  trouxe dois diplomas em um mesmo dia. Estudava das 05:40 da manhã até  a tarde. Formou-se em Pedagogia e Artes Visuais. Fui na sua festa de formatura no sábado passado, dia 15,  e já na segunda-feira, dia 17, ela  já estava assumindo cargo de professora, concursada, em uma Escola do Estado de São Paulo. 

No começo, tínhamos dois carros. Vendi o meu. Vendi, para ajudar para pagar as despesas do parto da  caçula. Ganhamos o bercinho, porque não tínhamos dinheiro para comprá-lo. Hoje, de dia 23 março 2014, estou trabalhando há quase cinco anos no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Sou agente concursado,  tenho 58 anos, e este trabalho é o melhor de todos que eu já tive.  Antes de vir para o TCE, trabalhei seis anos em uma Autarquia da Prefeitura de São Paulo. Onze anos de bênçãos sempre crescentes.

Terceiro conselho: PrimeiramenteAceite Jesus. Vai até uma Igreja Evangélica e pergunta como se faz isto. Se quiser um começo do assunto, por favor, leia isto: Como se reconciliar com Deus.  

Se já aceitou Jesus e encontra-se desviado, vote para a Casa do Senhor.  Sem resolver sua vida espiritual, além de andar para trás, também vai prejudicar as pessoas da sua casa, da sua família. Um lar sem Jesus, é uma porta aberta para os espíritos devoradores.

Mas, se você é um crente fiel,  passando por uma temporada de lutas continue firme. Orando e procurando ouvir a voz de Deus. Se você já distribuiu centenas de currículos, foi a uma meia dúzia de entrevistas e sempre levou a porta na cara, não se envergonhe. Ore como eu orei: SENHOR, eu não tenho vergonha, nem estou desanimado, de continuar procurando e mandando meus currículos. Mas, eu já fiz tanto isto, que se não se importa, vou orar para que mande alguém levar o emprego em minha casa. Orei, e Deus concordou. Foi assim que fui trabalhar em uma Autarquia da Prefeitura de São Paulo, no ano de 2003.

Agora, a segunda e mais importante parte do terceiro conselho: Se você é um cristão fiel, mantenha-se ocupado com aquilo que Deus lhe deu para fazer na Igreja. Cante, ore, ensine, ensaie, toque, sirva, socorra, visite, dirija o culto. A bênção não chega para quem está ocioso. 

Da mesma forma, se você era um desviado, e agora voltou, arranje alguma coisa para fazer na obra do Senhor. A bênção não vai chegar na sua casa, se você estiver com as mãos atadas sem servir a Deus em alguma coisa.

E, por fim, se você não era crente, mas ouviu meu primeiro conselho e aceitou Jesus, por enquanto fique na Casa de Deus, aprendendo. Lá tem um evento, todo domingo, que se chama ESCOLA DOMINICAL. Ali, você vai aprender a orar, a andar da maneira que Deus se agrada. Vai aprender qual é a vontade de Deus para você, e como saber se é o tempo e o lugar de fazer ou deixar de fazer as coisas.  De acordo com a sede que você tiver da Palavra de Deus, Deus também vai cuidar da sua necessidade. No Evangelho de S. João está escrito: E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Libertar de que? Da maneira errada de viver, e das dívidas também. Crê no Senhor Jesus, e Ele salvará você e a sua casa.  Se você colocar a sua vida espiritual em dia com o SENHOR JESUS, tudo aquilo que for impossível para você e para os homens, Ele vai fazer, porque para DEUS não há nada impossível de fazer.

Espero que você tenha gostado. As palavras não foram muito suaves, eu sei, mas tuto o que está escrito aí, eu já passei. Olhando para mim mesmo, sei que nada do que eu fiz me dava direito de ser abençoado por Deus. Mas uma coisa, eu tenho certeza: o trabalho que a gente faz na Casa do Senhor e pela Obra do Senhor, é o que conta. Há uma coisa muito interessante quando se fala de uma parte do caráter de Deus que gostaria de compartilhar. Se alguém mostrar para mim um copo com uma gota de água dentro, pela minha natureza humana eu vou dizer para você que me deu um copo vazio. Mas se você mostrar este mesmo copo para o Senhor Jesus, Ele vai se alegrar e dizer: Olhe que linda gota d'água você tem aí! É por isto que somos abençoados: não porque mereçamos, mas porque o SENHOR é bom e misericordioso!

Louvado seja, o nome do Senhor Jesus Cristo!









sexta-feira, março 29, 2013

A Bíblia, a maldição da cor negra e o Pastor Marcos Feliciano


respeito e abobrinha
POR JOÃO CRUZUÉ

Comentário inicial do blogueiro: A pele negra, os olhos e  cabelos negros têm tudo a ver com  Melanina. Isto pode ser explicado cientificamente e nunca foi consequência de  maldição divina. Esta conversa fiada de que a cor negra dos africanos é decorrência da maldição de Caim, no passado era fundamento para escravagistas e hoje, preconceituoso.  Na mesma linha vem a maldição de Canaã, nascida para encobrir a falha da outra ilação, pois, Caim não chegou ao dilúvio. 

Pesquisando a Bíblia, ao meu ver nunca houve esta associação. E quando aparentemente ela veio, parece que teve uma resposta dura de Deus.  É muito provável que a sedição de Miriã e Arão em Números 12:1 tenha tido origem na cor da pele da mulher  de Moisés, que era cuxita (etíope). Se assim foi, Deus não deixou isso sem castigo. A lepra de Miriã  a deixou branca como a neve. Teria este castigo alguma repreensão contra a manifestação de racismo?  Não há detalhes no texto, mas o contexto  traz uma grande  possibilidade  desta interpretação.

Alguns linguarudos ignorantes dizem que Noé amaldiçoou a descendência de Cã com a cor negra. Outros, mais linguarudos ainda, especulam que uma das noras de Noé era negra. De qualquer forma,  creio que esta difamação da hipocrisia dos evangélicos (Batistas) americanos do começo do século XX, que andavam com a Bíblia na mão e o ódio aos negros no coração. Se não fora DEUS, comissionando o  Pastor Martin Luther King Jr. os negros americanos até hoje ainda estariam oficialmente debaixo da segregação na América.  


E este assunto besta foi desenterrado há pouco tempo pelo polêmico Deputado Federal, Pastor Marcos Feliciano - que para mim fala demais. Tenho uma curiosidade: gostaria de saber de que versão da Bíblia  seria a literatura deste texto apócrifo: “Você e todos os seus descendentes serão eternamente amaldiçoados, e para diferenciá-los dos demais lhes darei a cor negra, a cor das trevas e do eterno pecado”.  Distorção grosseira de Gênesis 9:25 que NUNCA relacionou a maldição com a cor da pele de Cã ou de Canaã. (Fim do comentário inicial).

Veja agora o texto da Revista Despertai 
e lá no final vou deixar minha opinião com a verdadeira origem da raça negra.

REVISTA DESPERTAI/TORRE DE VIGIA

Edição;  22 março 1978

[FORAM OS NEGROS  AMALDIÇOADOS NA BÍBLIA?]

"MUITOS líderes religiosos respondem que “Sim”. Os clérigos Robert Jamieson, A. R. Fausset e David Brown, em seu comentário bíblico, asseveram: “Maldito seja Canaã [Gênesis 9:25] — esta maldição se tem cumprido na . . . escravização dos africanos, os descendentes de Cão.” — Comentary, Critical and Explanatory, on the Whole Bible (Comentário, Crítico e Explicativo, de Toda a Bíblia).

Afirma-se que não só a escravização dos negros cumpria tal maldição bíblica, mas que sua cor preta também. Assim, muitos brancos foram levados a presumir que os negros são inferiores, e que Deus propôs que fossem servos dos brancos. Muitos negros ficaram amargurados pelo tratamento recebido, em resultado desta interpretação religiosa. Uma delas observa:

[Testemunho de uma vítima do preconceito]:

“Era o verão de 1951 quando eu, menina curiosa de 7 anos, sentei nos degraus da Primeira Igreja Batista em ‘Sheepshead Bay’, Brooklyn, e chorei. Tentara diligentemente esfregar a negritude de minha pele até ela sair, porque minhas coleguinhas brancas tinham comentado que era repulsiva. Esfregá-la com detergente Ajax apenas deixou uma mancha vermelha, inchada, que doía, quase tanto quanto meu coração infantil, quando comecei a ponderar por que um Deus de amor me tinha feito negra, a menos que não me amasse.

“Tinha ouvido dizer que isso era devido a uma maldição imposta por Deus à nossa raça. Mas, não conseguia entender ou compreender o que havíamos feito a Deus para merecer tal castigo. E acho, refletindo, que no fundo do coração eu sempre nutri um ressentimento particular contra Deus por me fazer negra e me colocar num mundo branco.

“Nos distúrbios esmagadores das zombarias e epítetos raciais de minhas coleguinhas, tais como: ‘Se é branca, é linda criança; se é morena, só nos dá pena; se negra é, aqui não ponha o pé’, surgiu uma condição marcada, em que comecei a ferver de raiva, especialmente diante de meninas brancas da minha idade.”

Que dizer dessa maldição bíblica? São negras as pessoas por causa duma maldição imposta por Deus a algum ancestral delas? E sofreram os negros séculos de escravidão em cumprimento desta maldição? Ensina realmente a Bíblia tais coisas? Vejamos. O relato bíblico em pauta reza:

“E [Noé] bebeu do vinho, e embebedou-se; e descobriu-se no meio de sua tenda. E viu Cão, o pai de Canaã, a nudez do seu pai, e fê-lo saber a ambos os seus irmãos fora. . . . E despertou Noé do seu vinho, e soube o que seu filho menor lhe fizera. E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos. E disse: Bendito seja o Senhor Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo.” — Gên. 9:21-27, Tradução Almeida.

Tem-se afirmado que esta maldição bíblica marca os negros para a servidão perpétua. Com efeito, em 1838, o realizador duma cruzada anti-escravista, Theodore Weld, escreveu num tratado popular: A “profecia de Noé [supracitada] é o vade-mécum [companheiro constante] dos senhores de escravos, e eles jamais se aventuram a sair sem ele”. — The Bible Against Slavery (A Bíblia Contra a Escravidão), página 66.

Mas, primeiro de tudo, queira notar que nada se diz neste relato bíblico sobre alguém ser amaldiçoado com a negritude de pele. E, observe, também, que foi Canaã, e não seu pai Cã, que foi amaldiçoado. Canaã não tinha pele negra, nem seus descendentes, que se fixaram na terra que se tornou conhecida como Palestina. (Gên. 10:15-19) Os cananeus, com o tempo, foram subjugados pelos israelitas, descendentes de Sem, e, mais tarde, pela Medo-Pérsia, Grécia e Roma, descendentes de Jafé. Tal subjugação dos cananeus cumpriu a maldição profética sobre seu ancestral, Canaã. A maldição, assim, nada teve que ver com a raça negra.

De onde, então, proveio a raça negra? Dos outros filhos de Cã, Cus e, provavelmente, também de Pute, cujos descendentes se fixaram na África. Mas, como vimos, a Bíblia não diz absolutamente nada sobre os descendentes negros de tais homens serem amaldiçoados! Todavia, presumiu-se incorretamente que assim o foram. Quando é que os comentaristas eclesiásticos começaram a aplicar a maldição a Cã?

Um eclesiástico de uns 1.500 anos atrás, Ambrosiaster, aplicou-a assim, dizendo: “Devido à sua tolice, Cã, que tolamente zombou da nudez de seu pai, foi declarado escravo.” E John F. Maxwell observa em seu recente livro Slavery and the Catholic Church (A Escravidão e a Igreja Católica): “Este exemplo desastroso de exegese [explicação] fundamentalista continuou a ser usado por 1.400 anos e levou ao conceito amplamente expendido de que os negros africanos foram amaldiçoados por Deus.”

Até mesmo há uns cem anos atrás a Igreja Católica detinha o conceito de que os negros foram amaldiçoados por Deus. Maxwell explica que este conceito “aparentemente sobreviveu até 1873, quando o Papa Pio IX associou uma indulgência à oração em favor dos ‘desgraçados etíopes da África Central, para que o Deus Todo-poderoso remova inteiramente a maldição de Cã de seus corações’”.

Todavia, mesmo antes do começo da cristandade há mais de 1.500 anos atrás, sim, possivelmente mesmo antes de Jesus Cristo viver na terra, os rabinos judeus ensinavam uma estória sobre a origem da pele negra. Afirma a Encyclopœdia Judaica: “O descendente de Cã (Cus) tem pele negra como castigo por Cã ter tido relações sexuais na arca.”

“Estórias” similares foram inventadas nos tempos modernos. Os defensores da escravidão, tais como John Fletcher, de Luisiana, EUA, por exemplo, ensinavam que o pecado que motivou a maldição de Noé fora o casamento inter-racial. Afirmava que Caim fora assolado com a pele negra por matar seu irmão, Abel, e que Cã pecara por se casar com alguém da raça de Caim. É digno de nota, também, que Nathan Lord, presidente da Faculdade Dartmouth, no último século, atribuiu também a maldição de Noé sobre Canaã, parcialmente, ao “casamento misto proibido [de Cã] com a raça previamente iníqua e amaldiçoada de Caim”.

Mas, tais ensinos não têm nenhuma base na Bíblia. E houve gente, nos séculos passados, que mostravam que a maldição proferida por Noé estava sendo aplicada erroneamente aos negros. À guisa de exemplo, em junho de 1700, o Juiz Samuel Sewall, de Boston, EUA, explicou: “Pois Canaã é a pessoa amaldiçoada três vezes, sem se mencionar Cã. . . . Ao passo que os da raça negra [em inglês, Blackmores] não descendem de Canaã, mas de Cus.”

Também, em 1762, certo John Woolman publicou um tratado em que argumentava que a aplicação desta maldição bíblica, de forma a justificar a escravização de pessoas e privá-las de seus direitos naturais, “é uma suposição embrutecida demais para ser admitida pela mente de qualquer pessoa que sinceramente deseje ser governada por sólidos princípios”.

Imensos danos resultaram da aplicação errônea, por parte de eclesiásticos, desta maldição bíblica! A escravização dos negros africanos, e os maus tratos que lhes impuseram, desde os dias da escravidão, não podem de forma alguma ser justificados pela Bíblia. A verdade é: Os negros não são, e jamais foram, amaldiçoados por Deus!"

---fim- 

Opinião do Blogueiro sobre a origem da raça negra:

Na minha vida de cristão  ouvi muitas vezes, sempre de pessoas iletradadas, que nem pensavam direito no que repercutiam, que a cor negra da pele era maldição de Caim. Sem ficar repetindo esse assunto, e indo direto ao ponto, a pessoa que ressuscita este tipo de  texto em pleno século XXI está procurando encrenca. 

A Genética, um ramo da verdadeira Ciência que trata, entre outras coisas, do estudo do DNA, genes, cromossomos, bases de ligação, já jogou luz suficiente neste assunto, para dar a entender a quem investiga a beleza da criação de Deus que este tipo de comentário não resiste à mais simples lógica científica. Se Caim ou Canaã foi amaldiçoado com a pele negra, como ficaria explicada a cor negra das aves, dos peixes e dos  animais? Será que somente o homem possui a cor da pele negra?

Se nós cristãos cremos pela fé que Deus criou o corpo do homem e da mulher, também devemos crer que Ele potencializou sua genética (DNA) para produzir filhos e filhas com diferentes cores de: pele, olhos e cabelos. A esta opinião devo acrescentar as Leis de Mendel, que tratam do estudo das características recessivas e dominantes transmitidas pela união de indivíduos diferentes da mesma espécie.

A pele negra, os olhos e  cabelos negros tem tudo a ver com  Melanina e nunca foi uma maldição divina. Sua origem é genética e tem perfeita explicação na Biologia. 

Pesquisando a Bíblia, é muito provável que a sedição de Miriã e Arão em Números 12:1 tenha tido origem na cor da pele da mulher  de Moisés que era cuxita (etíope). Se assim foi, Deus não deixou isso barato. A lepra de Miriã  a deixou branca como a neve. Teria este castigo alguma repreensão indireta contra racismo?  Por que uma doença que mudasse a cor da pele para um branco extremo? 

Bem, se em nossos dias, alguém ainda fica falando ou citando abobrinhas racistas nos púlpitos de Igrejas, talvez esteja mesmo procurando sarna para se coçar. Depois não me venha com conversa de perseguição injusta por causa da fé... Pois  em Provérbios 26:3 está escrito: "O açoite é para o cavalo, o freio é para o jumento, e a vara é para as costas dos tolos." 






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