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sábado, dezembro 13, 2014

A pontualidade do professor de escola dominical


Por: Jonas M. Olímpio


Pontualidade é uma questão  de
organização, e organização é uma
questão de responsabilidade
    A primeira coisa a ser observada em uma pessoa responsável é o compromisso, e quem é comprometido com aquilo que faz costuma ter uma séria preocupação com a pontualidade. Você é um bom professor de Escola Dominical? Então, com certeza, você chega na igreja pelo menos meia hora antes da aula para ter tempo suficiente para orar, preparar o ambiente da tua sala e receber seus alunos um por um, não é mesmo? Esse parece ser apenas mais um detalhe sem grande importância, no entanto, esse é um dos fatores mais observados pelos pastores e superintendentes antes de colocarem ou de decidirem se manterão um professor no corpo docente da congregação; e essa é também uma característica que influi muito em sua credibilidade perante os alunos, pois poucos confiam na seriedade de alguém que não demonstra compromisso em seu trabalho. E uma outra coisa também muito importante a se destacar é o fato de que a palavra pontualidade, em seu contexto geral, não se refere apenas a chegar cedo ou na hora marcada, mas também à honestidade, porque implica em cumprir com seus deveres dentro de um período de tempo estipulado. No que se refere aos professores de Escola Dominical, inclui também saber respeitar o tempo de aula, controlando-se para não causar transtornos.
O homem tem em suas mãos o
maravilhoso poder do controle do
tempo; mas para conseguir
utilizá-lo é preciso ter sabedoria e
força de vontade
    Aplicando princípios bíblicos podemos desenvolver um melhor trabalho na área do ensino. E as Escrituras nos orientam que o controle do tempo influi diretamente em seu aproveitamento (Ef 5:16); a sua boa utilização ajuda a conquistar quem não participa do trabalho (Cl 4:5); tudo tem o seu tempo devido e, fora dele, não há como ser bem sucedido (Jo 9:4); devemos nos dedicar ao máximo dentro de nossos limites, pois não sabemos até quando teremos a oportunidade de cumprir nossa missão (Ec 9:10); e devemos jamais nos esquecer que tudo tem o seu preço, e negligenciar a Obra do Senhor custa muito caro (Jr 48:10). Essas orientações bíblicas, na prática, resultam num grande êxito aos obreiros que se preocupam com a busca do conhecimento da Palavra, pois um bom professor sabe que, nos difíceis dias atuais em que as pessoas estão tão carentes, um pequeno sinal de respeito, não as deixando esperar e nem as fadigando com longos discursos além do horário, representa a conquista e a preservação de mais alunos; muitos crentes não frequentam Escola Dominical devido à desorganização em relação ao horário de início e término das aulas; quando uma ministração atrasa ou ultrapassa o tempo estipulado, não surte o efeito esperado porque o foco do público passa a ser dividido entre a mensagem e a atitude antiética do palestrante; a dedicação precisa ser total dentro de suas possibilidades, pois um dia você não mais terá condições de trabalhar, e aí não haverá como voltar atrás; temos uma grande responsabilidade em nossas mãos e, mesmo que não consigamos realizar um trabalho perfeito, não temos o direito de usar as dificuldades como desculpa para o fazermos de qualquer maneira, pois o ensinamento é algo muito sério e seremos duramente cobrados se ignorarmos a sua importância.

    O controle do tempo é algo muito simples se o professor souber se organizar, vejamos algumas dicas:

  1. Se a aula começa as 09h00m, o professor deve estar na igreja por volta das 08h30m ou antes; então ele deverá acordar mais ou menos as 07h00m para ter tempo de tomar um banho, se arrumar e revisar o material antes de sair de casa.
  2. No caso do superintendente, ele deve estar sempre atento ao relógio, e evitar discursos, falando apenas o essencial, antes da divisão das classes para não prejudicar o tempo de aula.
  3. O professor deve controlar o tempo da ministração cuidando para que o comentário de cada tópico tenha em média por volta de 15 minutos. É claro que se deve considerar que nem todas as lições têm o mesmo tamanho.
  4. Em ocasiões em que a aula é dividida entre dois ou mais professores, a atenção ao relógio deve ser redobrada para não prejudicar o trabalho dos seus colegas.
  5. Não é preciso "ter uma metralhadora na língua", mas o professor também não pode falar muito devagar; pois, além de ser muito entediante, isso também pode impedir que ele consiga dar a conclusão dentro do tempo estipulado.
  6. Um mestre também precisa ter uma certa habilidade na leitura. Pessoas que tenham dificuldade para ler, geralmente não conseguem passar todo o conteúdo ou causam atraso na finalização. E também deve-se evitar pedir para alunos semi-analfabetos lerem tópicos da revista ou versículos bíblicos; pois além de os expor ao constrangimento, estará perdendo um tempo precioso.
  7. Contar muito testemunho pessoal, além de transformar a aula numa autobiografia do professor, também toma o tempo da exposição da lição.
  8. Se algum aluno fizer um comentário muito extenso, é preciso, com muita sabedoria e educação, cortar seu discurso dando-lhe a devida resposta e prosseguindo com a aula.
  9. Alunos que conversam muito entre si também podem causar atrasos; nesse caso, uma solução ética e eficiente consiste em dirigir, diretamente a ele, uma pergunta em relação ao que você está falando - que certamente não conseguirá responder - e, depois de passar por esse pequeno constrangimento, se não for muito cara-de pau, com certeza vai diminuir o blá-blá-blá com os colegas de banco.
  10. No encerramento, o superintendente deve resumir ao máximo seus comentários e a leitura do relatório; pois é importante sempre lembrar que algumas irmãs ainda vão fazer o almoço, e se saírem de lá muito tarde podem não querer voltar mais.

Um professor que realmente gosta
do que faz, zela com carinho,
administrando eticamente seu
trabalho, inclusive em relação ao
controle do tempo
    Essas são apenas algumas regras básicas dentro de um perfil geral da maioria das igrejas; mas, é claro que em cada lugar, de acordo com cada situação, os procedimentos variam conforme a necessidade e a capacidade de cada professor, considerando-se também as condições de trabalho que lhes são oferecidas. O importante é que cada um se dedique com o máximo de responsabilidade sabendo que um tempo perdido não representa apenas atraso, mas também uma perda com prejuízos que podem ser irreparáveis tanto para a Escola Dominical quanto para os alunos, como também para si próprio. Um bom professor jamais se deixa derrubar pela preguiça em relação ao seu horário de chegada e nem se deixa levar pelo relaxo trabalhando da maneira que lhe parecer mais conveniente; ele zela pelo tempo porque sabe que ensinar não é apenas falar, mas agir dando exemplos práticos de tudo aquilo que se ensina. A Bíblia ensina que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Pr 1:7), e um mestre sábio tem total consciência de que temer a Deus consiste em administrar com reverência a Obra que Ele colocou em suas mãos com decência e ordem (1ª Co 14:40). A pontualidade é uma das mais visíveis características de quem leva seu trabalho a sério.


sábado, outubro 01, 2011

Porque ainda edito um Blog Cristão

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Youcef Nadarkhani

João Cruzué

Muitos professores e superintendentes de escola dominical, mestres chamados por Deus para a nobre missão de ministrar o ensino da Palavra de Deus, acham que é perda de tempo este negócio de Blog.

Não é perda de tempo não.

Desde 2005 venho investindo tempo na aprendizagem, redação e design gráfico, com o propósito de publicar conteúdo cristão na Internet a partir de um Blog Cristão.

Na quinta feira passada, o Pastor evangélico Iraniano Youcef Nadarkhani, casado, pai de dois filhos, foi sentenciado à morte em um segundo julgamento efetuado pela Corte Suprema do Iran - uma espécie de STTF. Da primeira vez ele foi declarado livre, desde que se reconvertesse ao Islã.

Como não foi isto que aconteceu, ele teve que comparecer a um segundo julgamento, realizado na quinta-feira passada.

Bom, e o que tem isto a ver com editar blogs?

Muita coisa.

Além de escrever um email para o ministro de relações exteriores daquele país, também postei uma petição no Blog Olhar Cristão.

Pode conferir: está em terceiro lugar na busca do Google. Em quarto, vem o Blog A Tenda na Rocha , da professora Wilma Rejane. Diferentemente de um email, que só o ministro vai ler, uma petição publicada abertamente em inglês, pode ser lida no mundo inteiro e incomoda muita mais.

Imagina se eu continuasse com medo de blogar...não poderia fazer nada, além de minhas orações.

Caro mestre, se você ensina, também deve saber escrever. E se você escreve, é possível publicar - de graça - para o mundo inteiro ler. Não poderia ser esta a última oportunidade para levar o Evangelho por todo mundo?

Mãos à obra.

www.blogueiroscristãos.blogspot.com

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segunda-feira, janeiro 03, 2011

Blogs evangélicos e a Escola Dominical em 2011

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Antes que ela comece a ler, aprenda a publicar.

João Cruzué

Já tenho escrevido vários artigos de incentivo voltados para lideranças evangélicas. Meu propósito é conscientizar sobre a necessidade de publicar conteúdo cristão na Internet, assumindo uma posição ativa, deixando a comodidade de um simples leitor. Apesar disso, acho que ainda não disse o suficiente diante da espantosa velocidade das mudanças que estão acontecendo na comunicação global.

Conheço por experiência própria que a maioria dos superintendentes e professores de EBD que possuem acesso à banda larga, não está entusiasmada em publicar textos cristãos na Web, principalmente porque tem muitos outros compromissos para atender e não querem perder tempo com elaboração de textos ou mesmo tem aquela timidez inicial. Bem, ninguém começa correndo, senão engatinhando, andando, para depois arriscar uma corrida.

Fato muito interessante aconteceu no princípio de 20010, quando o Papa Bento XVI conclamou aos sacerdotes católicos a ampliar suas paróquias locais, para paróquias globais, observando a devida discrição para não se tornarem mais populares na Internet que no seu campo eclesiástico. Como blogueiro evangélico, tenho a honra de possuir entre meus leitores, padres que usam blogs para publicar conteúdo cristão. Talvez Benedictus XVI tenha bem mais consciência de uso da mídia virtual que a maioria dos pastores evangélicos brasileiros.

Pessoalmente já incentivei por várias vezes as lideranças da EBD da Igreja onde congrego, onde há excelentes professores, mas até agora não obtive sucesso. Mas continuo tentando. E da mesma forma o que acontece aqui deve ser o viés em todas as outras congregações - grandes e pequenas. O que é uma pena, pois não sabemos por quanto mais tempo teremos a gratuidade nos grandes portais que hospedam gratuitamente nossos blogs.

Um blog é, hoje, a porta de entrada para a publicação de conteúdo cristão. Se você tem um computador e acesso à banda larga, criar e manter um blog não traz nem um centavo a mais de custo. Causa-me estranheza a recusa em utilizar esta mídia que ainda não está devidamente popularizada em nosso meio, apesar dos 20 anos de existência que completará em 2011. Ainda não me cansei de repetir que as próximas gerações não comprarão um jornal impresso em papel na banca da cidade. E nos próximos 10 anos, a maioria dos jovens cristãos não vai levar a Bíblia impressa para a Igreja, porque ela vai ser substituída por netbooks, iPads, Kindles e outras novidades que ainda não apareceram.

Com tanta gente lendo e se atualizando pelo que hoje conhecemos por Internet, quem vai prover o conteúdo de suas leituras? Porventura serão os escritores e editores não cristãos? Você acha (por comodismo) que esse status quo deve continuar? Eu imagino que você acha que não. Então já está atrasado para começar. Cada ano escrevendo e publicando são experiências e saberes que se acumulam e que ninguém pode roubar.

A melhor forma de editar um blog é fazendo isto em um pequeno grupo. Minha sugestão é que se comece pela forma mais simples de mídia de publicação que se chama blog. Dê uma pequena espiada em Curso de Blog, principalmente nas primeiras publicações. Por um pequeno grupo, quero dizer seus amigos professores da mesma Escola. Depois de cinco anos blogando, cheguei à conclusão de que é melhor publicar em grupo.

Se a elite da liderança evangélica - que está servindo Escola Dominical - não se conscientizar disso, as chances de nos tornarmos provedores de conteúdo cristão na Internet fracassará. E dessa forma, Deus se decepcionará conosco, pois quando foi inventada a Imprensa por Guttemberg, ela foi usada para imprimir a Bíblia. Depois foi utilizada pelo mundo para publicar qualquer coisa. Veio o Rádio, e as primeiras lideranças evangélicas nacionais o abominaram. Veio a TV e a rotularam de "caixote do diabo". Agora chegou a Internet. Quer queira quer não, todo mundo, incluindo nossos filhos e netos, vão utilizá-la maciçamente.

Espero que, de novo, não sejamos o "fim da fila". Acorda irmão. Não fique só falando na EBD, comece a escrever, pois se a palavra falada fosse tão importante, Deus não teria se dado ao trabalho de inspirar 40 homens para escrever a Bíblia. É tempo de escrever, é tempo de publicar, é tempo deixar de ser um passivo leitor para se tornar um publicador ativo de conteúdo cristão.

Com todo meu respeito,

cruzue@gmail.com









quinta-feira, outubro 28, 2010

Escola Dominical - Mensagem aos superitendentes e professores de EBD



Mensagem de João Cruzué

sobre publicação de textos cristãos na Internet


APRENDA A PUBLICAR!

Antes que ela comece a ler, você precisa aprender a publicar.

Por João Cruzué

Caro Superitendente, amado professor/a

Tenho a honra de me dirigir a você para falar de um assunto importante para a Igreja e o Reino de Deus. Isso mesmo, sem nenhum outro propósito. Por favor, gostaria que lesse este texto até o fim. O assunto principal : há três anos venho aprendendo e compartilhando meus conhecimentos de publicação de conteúdo cristão na Internet, a partir de uma oficina virtual de trabalho - conhecida por Blog. Um espaço gratuito, que já elegeu dois presidentes americanos, mas ainda não atingiu seu potencial de popularização entre os líderes cristãos brasileiros.

Em 2004, eu digitei a palavra "church" na barra do navegador e esperava que abrisse um site cristão. Naturalmente como a palavra (igreja) estava em inglês, imaginei que surgisse alguma coisa cristã evangélica ou católica. Mas para minha grande surpresa, abriu-se o site de uma igreja satanista. Na época eu tive um pensamento crítico: Como o povo da Igreja do Senhor pode ser tão 'atrasado'. Tão "mole". Imagina... com Igrejas em todos lugares do mundo, nenhum filho de Deus foi rápido o bastante para que ao digitar a palavra "church", eu pudesse ler alguma coisa do evangelho em um endereço cristão?

Foi aí que percebi que a carapuça servia justa na minha cabeça. Eu era cristão. Eu pertencia a Igreja. Eu era a Igreja. E além disso, era o "atrasado" em tecnologia e o "molenga". Entendi que poderia ter feito alguma coisa, mas era apenas mais um leitor passivo. Foi aí que comecei a pensar em publicar meu testemunho na Internet.

Como eu tinha ficado mais de 11 anos desempregado, assunto era o que não me faltava. Assim, comecei a publicar meus testemunhos no primeiro site do Pastor Silas Malafaia. Como isto foi em 2004, nem me lembro mais do nome dele. Aquele site tinha um contador de visitas para cada texto. Assim descobri que meu testemunho, na época já não mais desempregado, era um dos mais lidos. Eu já vinha tentando escrever alguma coisa usando uns blogs bem rudimentares do UOL. Mas um dia, andei pesquisando quem oferecia espaço para criar blogs gratuitamente, e cheguei até o Blogger do Google, recém- chegado no Brasil.

Para encurtar a história: comecei. Foi muito lento o meu aprendizado. Trabalhei em um curso público, aproveitando uma comunidade do Orkut. Lá não tinha ainda nenhuma comunidade com este nome. Os anos foram passando e eu continuei tentando. Cada ano que passava, mais experiência eu acumulava em publicação de textos cristãos na Internet.

Devagar e sempre. No passo do boi, como ensinava um Pastor meu, já falecido. Hoje, se você digitar na busca do Google estas duas palavras 'blog cristão" vai ver na primeira posição o "Olhar Cristão". Há uns dois anos isto acontece. Todo dia, mesmo não estando no computador, o Olhar Cristão recebe em média, mais de 1.400 visitas. Na terça-feira, deu mais de 2.600 leitores. Mais de 4.000 páginas visitadas por dia. o curioso é que os dois primeiros anos; 2004 e 2005 juntos somaram 7.000 visitas. Dois anos inteiros para sete mil visitas. Coisa que hoje é alcançada em apenas 4 dias.

Um blog é uma oficina de trabalho de uma pessoa que gosta de ler e escrever. Sim, porque imagino que não exista pessoa que escreva, sem que primeiro não goste de ler. Há uns três anos venho trabalhando com o objetivo de levar o máximo de cristãos a publicar textos na internet. Mas eu sei que a maioria deles ainda estão com suas mentes fechadas como ostras. Talvez porque nunca pensaram no assunto; ou porque acham que é a coisa mais difícil do mundo. Ou porque nunca ouviram falar que há pessoas e associações de blogueiros evangélicos, cristãos, na Web que trabalham no sentido de levar cada vez mais pessoas para publicar conteúdo na Internet.

Por que é preciso começar a pensar nisto? Sem rodeios: a geração que está crescendo hoje não vai comprar jornal na banca da esquina. Vai se informar 100% pela internet. Se você continuar sendo apenas um leitor passivo e não mudar de lado, quem vai formar a opinião de seu filho, meus netos, as crianças da Igreja, pode, inclusive, ser um satanista. É bom que se diga a verdade de uma vez. Mas nós não podemos aceitar a última posição na fila, como aconteceu com o assunto "church" no começo deste texto.

Não se aprende tudo em um dia. Fácil, também não vai ser no começo. Mas cada ano que você trabalhar no assunto, serão mais experiências acumuladas. Em 2004 eu era um "zero" em publicações, até que comecei. Hoje, para mim, é razoavelmente fácil publicar um texto e alguns minutos depois vê-lo na primeira página de buscas do Google. Hoje eu sei que devo escrever sobre os mais variados assuntos possíveis para chamar a atenção dos mais variados tipos de leitores. Entretanto o assunto principal está lá no cantinho superior esquerdo: Mensagens de João Cruzué". Hoje sei que o título da postagem tem tudo a ver com o sucesso de visitas dela. Demorei quatro anos para aprender a colocar um menu de site no blog, ao estudar um pouco da linguagem CSS e HTML.

A era da imprensa está passando; a era do rádio como melhor meio de evangelização já passou; a era da TV dentro deste assunto, vai passar logo. A Internet é hoje a maior oportunidade que a Igreja do Senhor já teve, para divulgar o Evangelho globalmente. Se você tem alguma dúvida, olhe uma caixa que rola com nomes de países e quantidades de visitas que vieram deles na lateral direita deste blog. Foram leituras provenientes de 198 países. E olhe que não tenho tido tempo para escrever minhas coisas em inglês ( língua que domino) e espanhol (que leio bem, mas não escrevo).

Por que eu dei título a este texto chamando atenção de Superintendentes e Professores de Escola Dominical? Simples: além de trabalharem com ensino, são as pessoas que formam o conhecimento dos novos (e velhos) cristãos da Igreja. São pessoas que leem, que pensam, que sabem que a tecnologia deve ser domesticada para a pregação da Palavra e formação de discípulos.

Permita-me ainda outro argumento. Há menos de um ano, o Sr Papa Bento XVI, emitiu um comunicado no Vaticano incentivando os párocos locais a estabelecerem também paróquias virtuais, de alcance global. Recomendou que fossem discretos, mas eficientes, estendendo o espaço de suas paróquias além dos limites geográficos. É o que muitos deles estão fazendo. Recentemente, um vigário de Campos, Norte do Estado do Rio, avisou-me por email, que embora discordasse diametralmente da doutrina evangélica, apreciou meu blog e fez uma inscrição dele, para que também pudesse ler o pensamento evangélico no dia a dia.

Dos poucos blogueiros evangélicos que estão publicando conteúdo na Internet, cerca de uns 15.000, alguns dos mais visitados, dentre eles, estão perdendo tempo trabalhando com fofoca evangélica. Escrevendo sobre a vida alheia, espezinhando pastores, agredindo gratuitamente pessoas, enfim, fazendo mau uso de uma oportunidade ímpar. Blogs são gratuitos, mas não sabemos até quando.

Chegando ao mais importante deste texto. Se a Igreja evangélica tem mais de 30 milhões de membros adultos nesta nação, naturalmente terá, ao menos, 300 mil líderes. Certamente mais de 50.000 professores e superintendentes de Escola Dominical, além de pastores, evangelistas, presbíteros, diáconos, líderes de louvor, líderes de adolescentes, líderes de jovens, profissionais liberais, pedagogos, educadores, funcionários públicos, etc.

Você sabe que tipo de informação as gerações de infantes e adolescentes de até 15 anos vão ler na internet? Se Deus quiser e você também, vão ler o meu e o seu texto. É preciso pensar seriamente nisso. Sabe o que penso? Gostaria de conseguir 100 mil blogueiros cristãos que bem escrevessem, de forma inspirada, mas também objetiva para a leitura não só de crianças crentes, mas para as crianças não crentes.

E como elas vão fazer isso se não há quem publique? e como vão publicar se não têm o conhecimento? e como vão adquirir o conhecimento, se não começarem? e como vão começar se não tiverem interesse? E como vão ter interesse se eu não lhes abrir os olhos?

Perdoe-me a presunção. Mas eu pecaria mais, se ficasse calado.

Quando você quiser começar, aqui tem alguém interessado em ajudar. Aliás, já tenho alguma coisa preparada aqui: curso de blog. É ainda bem simples, mas dá para tirar algumas dúvidas.

Irmão João Cruzué

Anote este email: cruzue@gmail.com











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terça-feira, setembro 07, 2010

A Igreja evangélica nos dias de Noé



"Mateus 23:24"

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“E o que de mim, entre muitas testemunhas,

ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos

para também ensinarem os outros”

II Timóteo 2;2.
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João Cruzué

Segundo Donald Stamps, em seus comentários na Bíblia de Estudos Pentecostal, “A Igreja tem a responsabilidade de salvaguardar a verdadeira e original doutrina bíblica que se acha nas Escrituras, e transmiti-la aos fiéis sem transigência nem corrupção”. Quanto ao ensino das doutrinas bíblicas, nunca, nos últimos cinco séculos, os cristãos tiveram tantos mestres e tanta literatura de excelente didática e qualidade, todavia ao analisar a segunda parte da afirmação, considerando os últimos 20 anos da Igreja evangélica brasileira, vivemos tempos de tanta transigência e corrupção.

Hoje ao abrir o jornal vi que uma entidade evangélica de Dourados – MS. mantenedora de um hospital evangélico local, está sob suspeita de “financiar” um esquema de “mensalão”. Na prestação de contas do convênio do 3º setor, cerca de R$50.000,00 eram devolvidos em dinheiro vivo, para as mãos do executivo municipal, calçados por notas frias, segundo denúncias locais. Cerca de 28 pessoas foram presas.

Cerca de oito meses atrás, um colega de serviço enviou-me um arquivo “ppt” mostrando uma mansão nos Estados Unidos, que a princípio pensei fosse a Casa Branca. No finalzinho dos slides, fiquei sabendo que aquela casa pertencia a um bispo dono de uma grande rede de televisão. Meu colega não é crente, e se admirou da prosperidade daquele líder evangélico.

Ainda, há umas duas semanas, um conhecido, auditor de um TCM, enviou-me email com o título “Novo Programa da Casa Própria”, embaixo, aparecia a tela do YouTube. Imaginei que fosse algo parecido com o programa “Minha Casa, Minha Vida”, mas não. Era um conhecido tele-evangelista de minha Igreja, Assembleia de Deus, lançando mais um plano de “sementes”. Na fala do evangelista, ele dizia que se alguém vivia pagando aluguel, e desejasse adquirir sua casa própria, deveria separar uma oferta no valor do aluguel, e a plantasse como semente na conta bancária do pastor.

Nesses tempos eleitorais, eu sei que isto não acontece na Igreja evangélica brasileira, mas decerto em “outros países”. Quantos pastores presidentes de campos, de Igrejas e congregações – “lá” – assentam-se com candidatos não cristãos para negociar votos a troco de favores imorais e fisiológicos? Quantos candidatos evangélicos “desses países” não estão fazendo propaganda política ilegal dentro e na porta das Igrejas, profanando o testemunho dos velhos pioneiros que puseram o testemunho acima dos interesses pessoais?

O que fazer neste momento se grande parte dessa liderança evangélica já se corrompeu? Ministério cristão não se resume em ensinar, pregar, misturar línguas estranhas no meio de sermões para dissimular uma situação pessoal de mornidão. E o testemunho, como é que fica? A palavra bíblica sem a equivalente sinceridade, é conversar para boi dormir. É engano. É falsidade profética.

Tenho ainda que criticar, veementemente, os mestres responsáveis pela produção e comentários das Revistas de Escola Dominical. Por que eles não veem que esta instituição tão conceituada está sendo desmoralizada, enquanto pensam que bastam textos eruditos, teologicamente corretos, de fina ortodoxia, para tapar o sol com a peneira? Estes textos estão sendo atropelados pelo mau testemunho de um ministério (respeitando poucas exceções) que já se corrompeu. Os atuais "donos" da Igreja são os mesmos a quem Cristo confrontou em seu tempo: "Coais um mosquito, e engolis um camelo." Para aonde foi a moral de uma instituição que ensina a verdade, a santidade, o caminho, mas anda de braços dados com aqueles que vivem na hipocrisia, na avareza, na mentira, no caminho largo. Não basta combater o pecado (nas lições) na base do faz de contas, com palavras desprovidas de testemunho. Ensinam como agradar a Deus, mas suas atitudes O repugnam. Ensinam mas não praticam. É por isso que muitos deles já perderam suas famílias para o mundo, pois vivem uma mentira; e Deus não se deixa escarnecer, retribuindo-os segundo suas obras. O que adianta escrever para o mundo inteiro e perder a própria família para o inferno?

A primeira carta do Apocalipse, à igreja de Éfeso, retrata muito bem este momento, o final da primeira década do século XXI. “Escreve ao anjo da Igreja que está em Éfeso... “Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos (pastores líderes) e o não são Tu os achaste MENTIROSOS”. Como é possível um pastor dormir em paz com o travesseiro servindo em um ministério em uma situação dessas? A fidelidade é um compromisso devido, primeiramente, a Deus. E o que acontece se as autoridades religiosas superiores já quebraram este compromisso?

É por isso que não se vê mais falar no Espírito Santo nas Igrejas. É por isso que nos grandes templos (ressalvando poucas exceções) ninguém mais se interessa por batismo como Espírito Santo. É por isso que os fiéis estão indiferentes nos cultos.: Jesus está do lado de fora. A corrupção e a transigência com o pecado trouxe a profanação do sagrado, e onde impera a sujeira o Espírito de Deus não habita mesmo.

E agora Senhor, enviarás um novo Pentecostes? Levantarás novos e santos líderes para nos ensinar? Reformarás a Reforma, depois de 500 anos? É possível Senhor avivar as cinzas de uma Igreja morta? Onde estará a Tua presença para que possamos seguir após ela? Será possível que já estamos chegando aos tempos do fim, que os verdadeiros adoradores serviriam solitários com suas próprias famílias, como nos dias de Noé?





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