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sexta-feira, dezembro 16, 2011

Globo Gospel - Especial de Natal 2011


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Dia 18 de dezembro
, a partir das 13:00 horas


"IN GOLD WE TRUST'

João Cruzué

Comentário em 18.12.2011: Este post começou a ser escrito no final da sexta-feira e concluído na madrugada de 17 dezembro. Uma coisa é perspectiva de um evento. Outra, é assistir a edição de seus melhores momentos do começo ao fim. É quando a realidade confronta a perspectiva. Eu digo que o Festival foi um bom começo.

Com duas surpresas:

Uma, quando os artistas contratados se juntaram no final, para cantar uma bela canção. Eu descreveria a impressão daquele momento, dessa maneira: Foi como se a Igreja Evangélica, através da música, hasteasse uma bandeira em terreno que sempre lhe foi hostil.

A outra surpresa, foi assistir no intervalo das 13:58/59, duas vinhetas da Central Gospel divulgando a Bíblia Diária de Estudos, pelo próprio Pastor Silas Malafaia. Se ele queria pregar na TV Globo, já deu o primeiro passo.

Vou registrar uma grande ausência: André Valadão, contratado da gravadora de R.R. Soares. Mais se a Som Livre Gospel der certo, sua transferência é só uma questão de tempo.

Quanto à TV Globo, não mudei de opinião sobre ela. Tanto no aspecto negativo: A maior fonte de massificação de (maus) costumes; falo das novelas. Quanto ao aspecto positivo: Seu padrões de qualidade de imagem e organização é inigualável. O que o bispo Macedo não teve coragem de fazer, os Marinho fizeram.


POST DE SEXTA-FEIRA

A música Gospel hoje é um produto comercial que vende 2 bilhões de reais por ano e subindo. Da lado dos artistas, será que foi um passo adiante ou um retrocesso? Este assunto é por demais polêmico e certamente não vai se esgotar aqui. O que se passa nas cabeças deles, depois que foram contratados pela Gravadora Som Livre? Qual será a reação do público que até o evento era fã desta banda ou daquele cantor?

Pontualmente às 14:00 h do sábado - dia 10.12.2011 - a TV Globo começou a gravar seu primeiro projeto Gospel, chamado "Festival Promessas". As gravações aconteceram ao ar livre, no Aterro do Flamengo e foram concluídas ali pelas 21:00 h. Era esperado um público de 200 mil pessoas, entretanto, William Bonner, no Jornal Nacional, disse que 20 mil estavam presentes, na quele momento em que a Banda Diante do Trono subia no palco, liderada pela cantora Ana Paula Valadão. Ana foi a última a se apresentar naquela estrutura construída em forma de púlpito, para reproduzir a sensação de estar em um ambiente de culto.

O Festival Promessas foi planejado e divulgado para ser a fonte principal de imagens do Especial Gospel, que a Rede Globo vai editar e selecionar os melhores momentos, para transmitir a partir das 13:00 h de domingo, dia 18 de dezembro, uma semana do Natal.

Por que vieram apenas 10% do público planejado, se há 10 anos somente a Banda Diante do Trono levava quase 1 milhão de crentes às gravações de seus CDs/DVDs nas grandes Capitais? Será que foi a chuva que atrapalhou os planos dos fãs de cantar e pular a tarde inteira com seus artistas favoritos? Ou teria mais "coisa" nesta aparente apatia?

Ana Paula Valadão é carioca? Não; é de Belo Horizonte. Regis Danese é carioca? Não; é de Uberlândia. Damares é carioca? Não; é de Curitiba.

Ludmila Feber, sim, é carioca; mudou-se para Goiás, mas voltou depois para o Rio. O cantor Fernandinho mora em Campos de Goytacazes, interior do RJ. Davi Sacer vem da Banda Toque no Altar; depois Trazendo a Arca - é de Nova Iguaçu/RJ. Fernanda Brum e Eyshila vivem no Rio.

Resumindo: A maioria dos cantores são ou moram no Rio.


Por que mesmo com tantos artistas do Rio, apenas 20 mil* pessoas foram ao Aterro do Flamengo? Foi a chuva? Será que foi a divulgação em cima da hora da Rede Globo a principal causa para pouca gente? Sim, foi mesmo pouca gente. O Bispo Macedo, o Pastor Valdemiro, Pr. Silas Malafaia e Missionário R. R. Soares levam muito mais gente às ruas, com um "pé nas costas".

Alguém mencionou que são as Igrejas Evangélicas que agitam as "galeras" para lotar os eventos. É possível. Todavia, Pastores não são muito propensos a incentivar suas Igrejas a participar de eventos não promovidos por eles. Imagina, então, eventos da Rede Globo... Deus me livre! Mas isto não impede os jovens e adolescentes de irem aos lugares que têm grande interesse de assistir.. Eu não gostava de Oficina G3, mas minha filha (adolescente) era apaixonada pelo som deles. Também ajuntava seu dinheirinho ao longo do ano para não faltar ao Congresso anual da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte.

E se a Aline Barros estivesse presente - teria ido mais gente? Pode ser que sim, mas não dobraria a participação do público.

Bem, eu deixei por último uma das razões que ao meu ver explicaria este aparente fiasco de público no primeiro Festival Gospel da TV Globo.

A Globo não mudou. Está agora, mais do que nunca, interessada em novas alternativas para manter seu faturamento, uma vez que 2012 não vai ser um ano bom para as finanças brasileiras, vem aí uma "marolinha" provocada pela crise da Europa. Desprezar um mercado de 2 bilhões de reais e um contingente de 40 milhões de consumidores é burrice. Os diretores da Emissora podem torcer o nariz para a cultura evangélica, mas eles não são burros.

A Globo se rendeu ao Gospel. E o Gospel também se rendeu ao sonho de aparecer na tela da Globo. Com direito até propaganda da Bíblia de Estudo Diário da Central Gospel do Pr. Silas Malafaia, nos Intervalos da transmissão. Vocês já viram algo parecido antes?

Cerca de 70% dos artistas do Gospel foram contratados pela gravadora da TV do "Plim Plim". Ela comprou o direito de vender ed divulgar seus trabalhos. Se vai ser bom para eles ou não, é outra história. Para as finanças da Empresa, por outro lado, vai ser muito bom.

O Gospel hoje é o gênero musical que mais vende no Brasil. Mais que Pagode, Axé e Sertanejo. Eles passaram enquanto o Gospel apenas está começando. A cultura evangélica de onde ele está expandindo seu círculo de atuação. Até que demorou, pois o valor da música evangélica vem desde a casa de Elvis Presley.

Ou as Organizações Globo "esqueciam" sua notória repugnância pelos crentes já ou perderiam de vez a oportunidade de combater a hegemonia do Bispo Macedo (Line Records). Se ele copiou as novelas da Globo para conquistar sua hegemonia nesse terreno, agora é a vez da Emissora tomar, este é o termo, tomar a metade do faturamento do mercado Gospel. Todos os artistas que a Som Livre contratou têm vendagem acumulada de 5, 7 e 10 milhões de CDs vendidos.

A Globo quer tomar o espaço da "Line Records" do Bispo Macedo e da MK de Haroldo e Marina de Oliveira. A competição por artistas evangélicos de grande potencial de vendas foi declarada. Bom para eles.

Mas isto é comércio. Não tem nada de louvor. Cristo não está no centro disso. É um negócio.

Quanto aos evangélicos que não quiseram ir ao "festival" no Aterro do Flamengo, eu desconfio que aquele "NÃO" quer dizer: Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. Pode ser que eles entenderam que os artistas que a Globo levou ao Aterro do Flamengo, não foram lá para dançar e louvar a Jesus. A maioria sabia que a Globo sempre desprezou e desdenhou em suas novelas do comportamento evangélico.

Só o tempo vai dizer se cantar na Globo foi uma boa escolha ou uma "roubada". Há um fator de risco nesta questão, que não pode ser desprezado: O desencanto dos fãs com seus artistas, alimentado pela reação das gravadoras 100% Gospel. Mas por outro lado, não deixa de ser uma boa surpresa: O Gospel venceu na marra o preconceito da Globo, porque hoje a sua música vale ouro.

O que você acha?

* Há uma divergência quanto ao público que compareceu no Aterro do Flamengo na tarde de sábado - 10 de dezembro de 2011. Foram 100 mil ou 20 pessoas? Bem, quantificação é uma coisa polêmica e difícil, pois não se pode contar exatamente quem foi e quem ficou o tempo todo, das 14:00 às 21:00 h participando do Festival Promessas. Como estava assistindo o Jornal Nacional àquele dia, e escrevendo o desenrolar do evento, anotei os números que William Bonner falou, citando a como fonte a Polícia Militar do Rio: 20 mil pessoas.