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sábado, fevereiro 14, 2009

Holocausto, Vaticano e o bispo Richard Williamson


Vaticano em "casa" de marimbondos

Auschwitz - o campo da morte no sul da Polônia

Japan Today

Tradução de João Cruzué

O bispo britânico Richard Williamson, cuja reabilitação pelo Vaticano reacendeu um antigo ultraje aos judeus por causa de suas negativas do Holocausto, foi demitido da direção do seminário argentino La Reja, disseram seus superiores na última segunda-feira.

A ultraconservadora Sociedade Pio X dos Santos, que vem tentando uma reconciliação com o Vaticano, anunciou que tinha retirado o Bispo Britânico Richard Williamson da direção do La Reja, porque ele tinha se distanciado da visão do Seminário.

A idiossincrasia de Williamson sobre o Holocausto criou um tumulto no mês passado quando o papa Bento XVI revogou sua excomunhão e de mais três outros bispos consagrados pelo arcebispo francês Marcel Lefebvre. Lefebvre que fundou a Sociedade Pio X dos Santos em 1969, em oposição às reformas de liberalização do Conselho de Vaticano II, em particular no que tange aos judeus.

Em uma entrevista em 21 de janeiro, Williamson disse a TV estatal sueca que "nenhum Judeu foi morto em câmara de gás durante o Holocausto “só” 200,000 a 300,000 foram mortos, não 6 milhões."

“As afirmações
de Monsenhor Williamson de nenhum modo refletem a posição cristã da nossa congregação,” disse o Reverendo Bouchacourt, superior da Sociedade Pio X dos Santos Sul Americana em Buenos Aires, em um email enviado à Prensa Associada.

“Um bispo católico não pode falar com autoridade eclesiástica, exceto em assuntos de fé e moralidade. Nossa fraternidade não está autorizada a falar sobre outras questões.”

O bispo Williamson também questionou o Holocausto enquanto servia como reitor do Seminário de São Thomas de Aquino em Winona, Minn., entre 1988 e 2003.

Segundo a Liga de Anti-difamação, Williamson declarou em um discurso de 1989; “Que os Judeus inventaram o Holocausto, os Protestantes são ordenados pelo diabo e que o Vaticano vendeu sua alma ao liberalismo.”

“Não houve um só Judeu morto nas câmaras de gás. Isso tudo foram mentiras, mentiras e mentiras” disse Williamson em um discurso na igreja Notre-Dame-de-Lourdes em Sherbrooke, Quebec, apontou um grupo judaico em um relatório de internet de 26 de janeiro.

Ele foi citado depois de ter afirmado que “Os Judeus criaram o Holocausto, assim nós deveríamos nos prostrar de joelhos diante deles para aprovar o seu novo estado, Israel.”

O bispo também escreveu na “Newsletter do Reitor” em 01/09/2002, culpando a "Judeu-maçonaria" pelas duas grandes guerras mundiais e acusando os judeus por estarem empenhados em um plano de dominação mundial, segundo o arquivo de mensagens mensais do seminário a amigos e benfeitores.

Na "Carta do Reitor" de 3 de Novembro de 1991, Williamson observou que tinha conseguido uma forte reação quando disse no passado que “as famosas câmaras de gás do Holocausto da Polônia nunca poderiam ter servido de câmaras de gás, em absoluto.”

O comentário veio de uma reclamação a respeito da liberação de mulher e da aceitação do Holocausto pela mídia. “Realmente, ` eu acredito que o Espírito Santo e a Comunhão de Santos foi substituída por ` eu acredito no Holocausto e na emancipação feminina’!” ele escreveu.

Depois que o papa Bento XVI revogou a excomunhão de Williamson, o Grão Rabinato de Israel suspendeu uma reunião para discutir ensinos religiosos Católicos e judaicos, agendada para março.

Na semana passada, o Vaticano exigiu que Williamson fizesse uma retratação pública antes, como condição para ser readmitido como bispo na Igreja Católica Romana.

O rabino David Rosen, participante de longa data no diálogo judaico com o Vaticano, disse na segunda-feira, que graças à nova exigência de Vaticano, a reunião poderia ser realizada, provavelmente no fim do março.

A afirmação do requerimento do Vaticano para Williamson retratar-se “produziu exatamente os efeitos que tínhamos desejado,” disse Rosen por e-mail. “Se ela tivesse sido emitida uns 10 dias antes, poderíamos ter evitado esta aflição e prejuízo, principalmente para a imagem dos “Santos Olhos”

Daniel Goldman, um proeminente rabino argentino, deu as “boas-vindas” nesta segunda-feira à despedida de Williamson do seminário La Reja perto de Buenos Aires, dizendo que as afirmações do bispo “demonstram que há ainda a pessoas no mundo de hoje que continuam instiladas pelo nazismo,” segundo a Agência de Notícias Judaica de Buenos Aires.

“Temos que continuar trabalhando em favor da educação e justiça a fim de assegurar que essas forças não triunfem.”

Em Nuremberg, na Alemanha, entretanto, uma corte disse na segunda-feira que rejeitou uma solicitação de Williamson para bloquear a transmissão via Internet de sua entrevista na televisão sueca.

O tribunal disse que não encontrou nenhum fundamento para restringir a distribuição da entrevista realizada na Alemanha e aluiu que o bispo deveria ter feito um acordo prévio com a rede de TV quando à pulbicação da matéria.

O semanário alemão Der Spiegel informou no sábado que Williamson não planejava cumprir imediatamente a exigência do Vaticano para que se retrate, e também que tinha rejeitado a sugestão da Santa Sé para visitar o antigo campo da morte em Auschwitz.

Williamson disse que somente se retrataria, se fosse convencido por evidências, mas insistiu que seu exame demandaria tempo, escreveu o Der Spiegel.

Vários esforços da AP para conversar com Williamson em sua casa em La Reja foram mal sucedidos.


A escritora da A.Press Nicole Winfield em Roma contribuiu para este relatório.

Title:Argentine seminary ousts Holocaust-denying bishop

Fonte: Japan Today

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sábado, maio 03, 2008

Israel - 60 anos de Independência


Israel' 60th

Israel60 - tradução João Cruzué

O Comitê Ministerial que marca os 60 anos de independência de Israel, liderado pelo ministro Ruhama Avraham Balila, aprovou a primeira lista de eventos e projetos que acontecerão e serão implementados em comemoração aos 60 anos de independência de Israel. Eles estão sendo programados para 2008 e 2009 (de Shavat 5768 a Tevet 5769).

O 60º Aniversário da Administração, liderado pelo Ministro Ruhama Avraham Balila ainda está em processo de conclusão dos programas que envolvem a colaboração com vários Ministérios do Governo e Instituições nacionais.

A lista de eventos e projetos apresentados abaixo ainda é parcial, e será atualizada durante o ano. A Administração Profissional para os eventos que marcam os 60 anos da independência de Israel está iniciando, produzindo, e patrocinando eventos e atividades que tenham compromisso com os seguintes princípios:

*Os eventos e projetos deverão refletir a Resolução do Governo de que o 60º Aniversário de Israel será focado em torno do fortalecimento das crianças de Israel.

*Israel em 60 eventos será projetado para alcançar todos os cidadãos israelitas onde quer que eles estejam, e a maior proporção destes eventos acontecerá em regiões remotas. Os eventos devem mostrar as conquistas de Israel durante os 60 anos, desde a sua fundação.

*O mix dos eventos colocarão ênfase especial nos sobreviventes do Holocausto e sobre outros setores da população.

*Parte do orçamento dos eventos de Israel aos 60 será marcado por projetos de infra-estrutura, que darão frutos nos próximos anos .

*Os eventos e projetos para marcar os 60 anos de Independência de Israel devem focar na inculcação de valores educativos, cultural e artístico entre a juventude. Ênfase também será dada ao fortalecimento da tolerância religiosa e consciência cívica, no fortalecimento da conexão entre a história do Estado de Israel entre o povo judeu e o fortalecimento da consciência de natureza, herança e valores ambientais.

Relação dos Projetos no site de Israel:
http://israel60.gov.il/englishnews/categoryList.aspx

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domingo, janeiro 27, 2008

Shoah - uma carta de despedida

Homenagem do Blog Olhar Cristão
ao Dia Internacional para Lembrança das
Vítimas do Holocausto - 27 de janeiro de 2008.
PhotobucketMonumento ao Holocausto (Shoah*) em Berlin, Alemanha

Testemunho escrito
Carta de despedida escrita por Cilli Dzialowski

Tradução: João Cruzué


Com a ajuda de uma mulher holandesa, Cilli Dzialowski da Holanda, enviou esta carta de despedida para seus quatro filhos que residiam na Inglaterra, durante a Guerra. Seu filho Hy sobreviveu em um esconderijo na Holanda. A carta foi remetida para o Yad Vashem por uma das filhas de Cilli, asenhora Jakobovitz, que hoje mora no Canadá.

"Enschede, Holanda, 1º de abril de 1943.
Amados e preciosos filhos

Nestes momentos finais, antes de me juntar ao seu querido pai, e perderei, como ele, minha liberdade, há uma compulsão urgente dentro de mim para dizer a vocês o seguinte.

Vocês estão em nossos pensamentos dia e noite; nosso amor por vocês faz de nossa vida, mesmo sob as circunstâncias desta presente dificuldade, valer a pena viver; nós ansiamos pelo momento quando outra vez seremos capazes de abraçá-los com os braços estendidos - a vocês, nossos bens mais preciosos – e temos fé no futuro, que esta suprema alegria nos será concedida.

“Amados pardais” - Eu devo chamá-los assim uma vez mais, como costumava fazer quando vocês eram ainda muito jovens, as circunstâncias deveriam alterar o curso para nós, e nós, segundo a vontade do Todo Poderoso, podemos não nos encontrar outra vez. Eu peço a cada um de vocês, de todo meu coração, para levar sempre vidas francas e honestas e suportar uns aos outros sempre que for necessário. Sua jovem e única irmã deve receber seu máximo cuidado e amor. E Hy, seu irmão mais velho, tem sentido saudades de vocês, não mais que todos nós, em todos estes anos e tem sofrido muito esta agonia e medo, deve estar sempre bem perto de vossos corações.

Desafortunadamente, desarraigados como ficamos na Holanda, nunca fomos capazes de dar-lhes o cuidado paternal e o clima de um lar pelo qual nós desejávamos tanto. Muitas vezes o anseio por vocês e o desejo de estarmos reunidos foram tão dominantes e fortes em nós, tanto quanto nele, que nós ficamos com medo de não poder carregá-lo mais.

Eu sei que temos um tesouro em vocês, meus queridos, e que vocês são comprometidos e de caráter firme e forte, que – Baruch Hashem – vocês são abençoados com aquela essência de personalidade a qual faz de vocês queridos por seus colegas e encontrarão certamente favor diante dos olhos do Criador. Este conhecimento traz-me consolação.

Nunca desviem o comportamento do caminho do temor de Deus e sempre sejam guiados pelo exemplo de vosso querido pai. Nossos pensamentos constantes sobre vocês os têm acompanhado de muito longe, através da estrada da vida de vocês, e nossas bênçãos nunca irão deixá-los.

Esta carta irá chegar até vocês através dos esforços de uma ótima senhora holandesa que sempre foi maravilhosa para conosco e constantemente nos deu coragem para enfrentar o futuro, o que nós aceitamos sempre cheios de gratidão.

Meus filhos preciosos – Eu abençoo a cada um vocês à distância com a benção tradicional, também em nome do Paizinho: Que vocês possam ser felizes e cheios de sucesso na vida; apeguem-se uns aos outros, e nunca desviem nem um só passo do caminho, dos preceitos de nossa Torah.

Eu abraço e beijo vocês, e agora, sinto-me verdadeiramente unida com vocês
Da sempre sua Mamãe."

Álbum do Holocausto
The Auschwitz Album
http://www1.yadvashem.org/exhibitions/album_auschwitz/10-13.html
Cartas de despedidas
http://www1.yadvashem.org/odot_pdf/Microsoft%20Word%20-%202493.pdf

* Shoah, vem do hebraico e quer dizer holocausto, palavra usada depois da II Guerra mundial para definir o extermínio de 6 milhões de judeus praticados a mando dos nazistas alemães, liderados por Hitler.


Veja + em nosso antigo blog

http://theholocausto.blogspot.com

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