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domingo, julho 27, 2014

Jesus disse não


João Cruzué

Vivemos em uma época em que a palavra sim está na moda. Pelo amor ao dinheiro,  a consciência de muito religioso troca o não pelo sim, por um simples exercício de racionalização.

há bispos e pastores que dizem, sim! Pelo interesse em perenizar o poder, os políticos dizem "sim!" à corrupção. Pela introdução dos relacionamentos descartáveis na sociedade a palavra sexo usurpou o significado de amor - sim. Também vivemos em dias, que os filhos quando conversam com os pais, só esperam ouvir: Sim! Tempos da relativização do santo, do escárnio da moral, da banalização do sexo, da "Lei de Gerson" que se tornou um texto consuetudinário enquanto o "Príncipe" de Maquiavel tem sido a bíblia de cabeceira de muitos aspirantes ao "pudê". No entanto, hoje eu não vim enaltecer o "óbvio", mas lembrar de três momentos em que Jesus Cristo exercitou a força da palavra não.

Decerto que houve mais de três momentos em que Cristo precisou dizer não. Assim posso restringir o foco do meu post em três passagens bíblicas. Eu sei que este texto vem destinado a mim, e por isso mesmo, também poderá falar com muitos. Jesus disse não: durante a tentação; Jesus disse não, diante da mulher adúltera e Jesus disse não durante sua crucificação.

Há momentos que é preciso dizer não!

Quando Jesus foi para o deserto orar e jejuar por 40 dias e noites, ele foi assediado pelo diabo. E naquele lugar solitário e árido o Senhor foi tentado por três vezes. Na primeira, o diabo tentou quebrar sua obediência à vontade de Deus, sugerindo: Se tu és o filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Colocar a satisfação de uma necessidade justa, primária, na hora errada. Cristo pensou duas vezes, como é costume dizer, e respondeu que nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra de Deus. Comer era uma necessidade básica, ainda mais depois de 40 dias de jejum, mas Cristo esperou para o momento certo, quando os anjos de Deus desceram para lhe dar alimento. Depois o diabo procurou tentá-lo com a fama e comisso matá-lo antes do tempo, induzindo-o ao suicídio. A fama também mata, haja vista o que tem acontecido com milhares de religiosos. Na última tentativa, o diabo ofereceu o poder e a glória deste mundo, e foi rechaçado pelo Cristo, pois o Reino de Deus é um reino espiritual.

Se Cristo tivesse racionalizado com a palavra de Deus, como muitas autoridades estão fazendo hoje, a miséria, o pecado e a morte seriam eternas. Isto não aconteceu, pois a mente do Senhor estava atenta ao que era (e o que não era) a vontade do Pai. Ah! como tem gente sendo enganado pelo diabo pensando que estão fazendo o que é da vontade de Deus.

A segunda vez que Jesus disse não, foi diante de um grupo de religiosos radicais. Adiante, ia uma mulher adúltera. Atrás, velhos e moços com grandes pedras na mão. Calmo, Jesus escrevia no chão. Tendo insistido, o Senhor propôs: Aquele que estiver sem pecado, que atire a primeira pedra. Saíram primeiro os mais velhos; surpresos, os jovens os seguiram. Frente a frente, ficaram uma mulher assustada e agradecida e o Filho de Deus. "Mulher, onde estão os teus acusadores? ...Vai em paz e NÃO peque mais."

Jesus disse sim, para a vida e não, para o pecado. Ele ama o pecador, mas aborrece o pecar. E mais ainda aborrece aos atiradores de pedra de plantão que se postam nas portas do templos para procurar falhas e defeitos na vida dos irmãos e dos pecadores que tenta se aproximar da salvação.

A terceira vez que Jesus disse não, foi quando ele estava a poucos momentos da morte e um coro de filhos de príncipes zombava: Se tu és o Cristo, desce da cruz agora e salva-te a ti mesmo! O curioso é que o início desta frase também foi usada pelo diabo - Se tu és o Cristo... Como também não é mera coincidência as mesas palavras dentro do contexto da pergunta do Sumo Sacerdote em Marcos 14:61, e de membros do Sinédrio em Lucas 22:67. É somente impressão minha ou toda aquela gente estavam com suas bocas à disposição do diabo?

Se Cristo tivesse descido da cruz com o poder e a glória que tem, o plano da salvação teria fracassado e nunca mais alguém escutaria o seu nome. Mas Cristo venceu a vontade do diabo. Ele venceu a própria vontade, e é por isso que, 2000 anos depois, seu nome continua sendo Maravilhoso, Deus Forte, Conselheiro, Deus Forte e Pai da Eternidade.

Há "nãos" que não precisam ser ditos para que sejam entendidos. Atitudes falam mais alto que palavras, porque são mais difíceis de serem tomadas.

Quero terminar esta mensagem fazendo três perguntas para mim mesmo:

-Qual é o preço de se dizer não! Quando as pessoas esperam que devemos dizer sim?

Se alguém vier oferecendo uma oportunidade maravilhosa, dizendo que é uma bênção, será que estarei pronto para dizer a resposta certa, dentro da vontade de Deus?

De acordo com minhas atitudes, que palavra o Senhor me dirá, naquele dia, quando eu bater a sua porta?

Diante disso, chego a esta conclusão: minha justiça perante o Senhor é como trapos de imundície e que eu preciso muito conhecer sua vontade para dizer não no tempo apropriado.





terça-feira, junho 10, 2014

Jesus junto ao poço de Betesda


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Jesus e o paralítico junto ao Poço de Betesda


João Cruzué

O que há de novo sobre o paralítico do tanque de Betesda em São João, capítulo cinco? Deus ainda se interessa pelas necessidades de cada um? A rotina do cotidiano direciona-nos a entender que não, mas a Palavra de Deus diz que sim.

Os acontecimentos diários e os conselhos das pessoas de sucesso em nossa geração frequentemente nos leva a pensar que somos solitários. Abandonados à própria sorte. Achamos que Deus não tem tempo para ouvir nossas angústias e resolver nossos problemas. Daí, quando acreditamos nisso perdemos nosso interesse em orar e meditar.

Trocamos nosso tempo (que achamos pouco) por outras coisas. Horas  de TV, games, Face, computador, passeios, shopping. Afazeres domésticos. Lição de escola. Não me admira mesmo que estejamos tão inquietos. Insatisfeitos. Famintos. E um paradoxo surpreendente: famintos à beira de uma mesa onde existe tudo o que necessitamos. Ao simples alcance de uma oração.

Uns dizem: Deus não existe! Outros discordam: Deus existe, mas não interfere nem se preocupa com o destino de cada um. Esta última corrente filosófica reduziu Deus a uma tartaruga marinha, que viaja muito longe, para enterrar seus ovos na areia. Depois vai embora, deixando 6,5 bilhões de tartaruguinhas à própria sorte, em um ambiente hostil, cheio de predadores.

Minha forma de crer é diferente. Deus existe e se preocupa com o dia a dia de cada um de nós. "Como a alguém que sua mãe consola, assim eu vos consolarei; e em Jerusalém vós sereis consolados". Isaias 66:13. Nossos sentidos podem nos levar a crer que estamos sós e abandonados, todavia a Sua palavra diz: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sair da boca de Deus. Sem fé é impossível agradar a Deus. E, é necessário que, aquele que se aproxima de Deus, creia que ele Existe". Com o "Existe" no presente indicativo.

Resumindo: Devemos andar por fé e não por vista. 2 Coríntios 5:7. Crer para ver.

A fé é loucura diante da razão. Aceitamos Jesus Cristo pela fé, como Senhor de nossa vida e Salvador de nossa alma. Para vencermos as circunstâncias adversas que nos cercam, precisamos de olhos espirituais para ver além das impossibilidades. Todo aquele que é nascido de Deus - disse S. João - vence o mundo. E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. 1 João 5:4.

E à beira do Poço de Betesda, estava um paralítico há 38 anos. Ele podia descer no poço? Não! Ele tinha alguém para jogá-lo nas águas? Também não! Então, qual era a razão de estar ali? Esperança! Na competição pela cura, era ele o único em desvantagem. Diante dos olhos dos outros enfermos, ele era completamente louco. Mas o olhar de Deus era sobre ele. O olhos de Deus estão sobre VOCÊ!

A fé é loucura mas com uma grande diferença: Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. 1 Coríntios 1:25.

A fé não é produzida pelos homens, ela é dada. Quem crer será salvo, quem crer e se esforçar, e levantar, e suar a camisa, será abençoado.

Contra todas as expectativas, Jesus estava passando por ali seguindo para uma festa em Jerusalém. Não foi o paralítico que viu Jesus, foi Jesus quem o viu primeiro. Viu e sabia das suas reais condições. Sozinho em meio a uma multidão de enfermos pronta para disputar de todas as formas a "pole position" para descer ao tanque e dali um apenas sair curado.

Não enfrentamos situação parecida em nossos dias, em muitos aspectos da vida? Disse Jesus: Queres ficar são? A resposta do paralítico não mostrou fé: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me coloque no tanque. Quando eu vou, desce outro antes de mim. Ele racionalizava de acordo com as circunstâncias.

Disse-lhe Jesus: Levanta, toma a tua cama e anda! Logo, aquele homem (caiu na real) ficou são, tomou sua cama e partiu. 

Crê na Palavra do Senhor; não veja as dificuldades pela aparência do que são. Com os olhos da fé podemos entender que para Deus não há nada impossível (Lucas 1:37). Não fique prostrada(o) na "cama" do desânimo. Antes de ordenar para levar a cama, Jesus disse: Levanta! "Mas não há a mínima possibilidade..." Quem disse isto - o diabo? Existem possibilidade e certeza SIM!

Se você ainda não é crente, procure um Igreja Evangélica não avarenta, próximo de sua casa para aceitar Jesus como Senhor e Salvador. Participe principalmente da Escola Dominical. Compre uma Bíblia para alimentar-se regularmente com a leitura da palavra de Deus.

Se já é um crente em Jesus, não use todo seu tempo diante de uma TV ou computador. Estas coisas costumam esfriar a nossa fé. Elas produzem um vazio. Separe parte deste tempo para meditar na Palavra e orar. Precisamos arranjar tempo para ficar a sós com Deus. O tempo que passamos na presença de Deus tem maior valor que as muitas horas desperdiçadas com coisas às vezes mundanas. Deus sabe o que precisamos, mas ele insiste em ouvir de nossa própria boca, por que nos considera como filhos.

De onde às vezes vem o desânimo? Da contínua recusa e preguiça de ler a Bíblia, de orar e conversar com Deus. Creio pessoalmente que muitas bênçãos não são recebidas devido a ausência de tempo diante do Senhor. Queremos as bênçãos mas não temos tempo para ficar na sua presença, apesar disso arranjamos tempo para o lazer e para o resto das coisas. Sejamos justos, não vamos colher bênçãos sem dialogar com o Deus nem meditar na sua palavra. É tão simples assim? É! O tempo que investimos na leitura, meditação e oração é o mesmo tempo que passamos em sua presença. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração""


Deus existe e é galardoador dos que O buscam. Buscai ao Senhor enquanto se pode achar. Agrade ao Senhor e Ele cumprirá o desejo do seu coração. Salmo 37:4.




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sábado, março 29, 2014

Mais do Mesmo e menos do resto


Por André Quirino

Na galeria dos clichês com que se pode iniciar um texto, deve possuir seu espaço garantido a expressão "mais do mesmo". Há quem reconheça, num exercício de modéstia, ao tratar de determinados assuntos, que sabe estar apenas falando mais do mesmo. Outros advertem, mormente como um disfarce à imodéstia, tratando-se dos mesmos ou de outros assuntos, que, apesar de parecer o contrário, não estão falando mais do mesmo. É quase sempre o mesmo: o clichê é o subterfúgio de quem não sabe revisitar um tema sem repetir os próprios termos e deseja disfarçar esse defeito. Mas não quero disfarçar o meu defeito - pelo menos não agora: este é também o meu caso. Resistir aos clichês é para pouquíssimos, e mesmo esta assertiva é dos mais desgastados jargões. O fato é que à maioria dos que escrevem, em algum momento, resta o clichê. Em algum momento, o clichê é o que nos resta. Recorramos, pois, a mais um: se a escrita é o sacerdócio do escritor, e a beleza literária conjugada à solidez do conteúdo é seu alvo, toda vez em que ele apela ao resto e se esquece do substancial é como se sacrificasse seu dom em altar de deus estranho. Apelar ao resto como tendo primazia é sempre apostasia, idolatria. Via de regra, apela-se ao resto quando se nega o mesmo. Abandonemos, portanto, a associação entre clichê e mesmo. Associemos clichê e resto. Pois é possível tratar do mesmo sem ajoelhar-se ao clichê. Aliás, é precisamente quando se fala do mesmo que se pode julgar a dependência ou independência de um autor para com os clichês. Clichê é menos do mesmo e mais do resto. Aonde essa constatação nos levará?

Ler o Antigo Testamento é um convite à inquietação. Ele sempre nos provoca com um retrato nu e cru do ser humano e dos povos, e nos surpreende com a maneira invariavelmente justa e não obstante misericordiosa de Deus intervir em nossa miséria. Pela boca de Isaías, Ele narrou aos israelitas, como estes não soubessem o que eles mesmos faziam, todo o processo de confecção de um ídolo. Quão tenebroso não será ouvir do próprio Deus, perfeito em santidade, o relato minucioso de nossas transgressões! É o que se lê no livro homônimo ao profeta, capítulo 44. Com nossas próprias mãos, e com não pouco esforço, fabricamos nossos deuses. Esquentamos o metal, desenhamos com giz um rosto na madeira. É tudo tão terreno que até queimamos uma parte da mesma madeira para fazer fogo. Você assa uma carne nele, come, fica satisfeito e, logo em seguida, como completa o próprio Deus, no versículo 17: "(...) do resto faz um deus, uma imagem de escultura; ajoelha-se diante dela, e se inclina, e lhe dirige a sua oração, e diz: 'Livra-me, porquanto tu és o meu deus'" (grifo nosso). Quão efêmero se torna o prazer causado pelas transgressões quando ouvimos o Todo-Santo relatá-las com detalhes!

Do resto fazemos um deus. Sofremos a tentação de determinar todo o nosso plano de vida, os detalhes da carreira profissional, cada passo da trajetória acadêmica, como será o cônjuge, quantos serão os filhos, qual será a marca do carro, em que bairro estará a casa, com que idade virá a aposentadoria, e do resto, do que sobrar, só depois, fazermos um deus, e como bobos alegres o adorarmos, como ele fosse grande. Sofremos a tentação de desenvolver todo um novo sistema filosófico, desprezando o longo caminho já percorrido pela Igreja que Cristo fundou, e resolvermos de uma vez por todas, por nós mesmos, os problemas mais intrincados que ocorrem à razão humana, a origem do mal, o destino político das sociedades, trechos da Bíblia que não seriam confiáveis, depois de qual sequência de eventos se dará o fim do mundo, e do resto, do que sobrar, só depois, fazermos um deus, e como bobos alegres o adorarmos, como ele fosse grande. Mas, se somos nós que concebemos esse deus, como pode ele ser grande? Se ele vem do resto daquilo que usamos para nos satisfazer carnalmente, como pode ele ser Deus? Se ele é só um encaixe para um plano de vida, então não é Deus, mas um acessório. Se ele é só um remendo para uma teoria, então não é Deus, mas uma ideia.

O Deus do Antigo Testamento, que é o mesmo do Novo, dá o diagnóstico do mal, mas em companhia a este oferece a receita para a cura; indica o erro, mas não sem esclarecer qual é a verdade. E, no capítulo 43 do mesmo livro, lê-se na parte a do versículo 10: "Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e o meu servo, a quem escolhi; para que o saibas, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo". O Deus dos israelitas afirma que é o único, que não há deus antes, depois ou fora dEle, que não há contradições dentro de si, que é eterno, infinito, imutável e aquEle a quem toda a criação converge, aquEle a quem toda boca deve confessar e todo coração deve adorar: o Ser, aquEle que é, o Mesmo. Perguntará o desavisado: não é no mesmo, no repetitivo, no incessante, que está o tédio, o desinteressante, o clichê? Na verdade, como vimos no começo deste texto, é no resto que está o clichê - o resto do qual fazemos ídolos. No mesmo não há mesmice, pois, na definição do próprio Deus - o Mesmo -, testemunhas servem para levar os outros a dizerem sobre o que é testemunhado: "Verdade é" (v. 9). Deus conclama Israel e a Igreja a serem testemunhas do Mesmo, a levarem os outros a dizerem sobre o Mesmo: verdade é. O mesmo só é clichê quando é disfarce, falta de criatividade, ignorância, quando é resto, subterfúgio daqueles a quem falta a verdade. Mas, quando o mesmo é verdade, quando o Mesmo é a Verdade, ele é tudo o que não é clichê.

De fato, tudo pode ser classificado entre Mesmo e resto. Há o Mesmo e há o resto. Deus é o Mesmo, nós somos o resto. Nós somos o clichê, e a maior aventura que nos é proposta na vida é enxergar o Mesmo nos fatos diversos. Não planejar a vida inteira para depois encaixar Deus em algum lugar dela. Não desenvolver toda uma filosofia para depois usar Deus para justificar algum detalhe nela. Na história do judaísmo e do cristianismo, primeiro recebe-se e vive-se o Mesmo para depois, por influência dEle, santificar-se o resto. Há espaço para o resto? É claro que há. Mas somente almejando e partindo do Mesmo. Não se começa pelo resto, mas pelo Mesmo. Nem se termina no resto, mas no Mesmo. A maior aventura que é proposta a cada cristão é ajudar o mundo a enxergar o Mesmo. A maior aventura que é proposta à Igreja é falar mais do Mesmo e menos do resto.


André Quirino é Capixaba de Linhares. Bacharelando em Filosofia pela USP. Cristão, protestante, evangelical, missional, pentecostal, assembleiano. Amante da Teologia. Liberal-conservador. Blogueiro.



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quinta-feira, fevereiro 20, 2014

Pedro, tu me amas? Sermón de Charles Haddon Spurgeon


"Simón, hijo de Jonás, ¿me amas?"
Juan 21: 16
Charles Haddon Spurgeon

Este es un texto muy breve y aparentemente muy sencillo. Algunos pueden pensar que es fácil explicarlo, pero en verdad es un texto con mucho contenido y lleno de significado para que yo pretenda explicarlo todo. Son sólo unas pocas palabras, pero los pensamientos sugeridos son muchísimos. En el original griego hay también muchos significados sutiles dignos de considerar, y alusiones que hay tratar de discernir. Esta vez pretendo limitarme a un solo punto, y pedirles que consideren un solo pensamiento. Que el Espíritu de Dios prepare nuestros corazones para esta meditación e imprima en ellos la Verdad de Dios. Mi único punto es éste: nuestro Señor preguntó a Pedro si amaba Su Persona. No le preguntó si amaba el reino de Dios, o al pueblo de Dios. Empieza y termina con su amor al Hijo de Dios.

"Simón, hijo de Jonás, ¿me amas?" "¿Te das cuenta ahora de la prudencia de mis advertencias cuando te pedí que velaras y oraras? Simón, hijo de Jonás, ¿A partir de este momento, vas a abandonar la confianza en ti mismo y vas a prestar atención a mis advertencias?" Ni siquiera le pregunta: "¿Crees ahora en mis doctrinas? ¿Confías ahora en Aquél a quien negaste el otro día?" Tampoco le pregunta "¿Te complacen Mis preceptos? ¿Crees todo lo que Yo afirmo? ¿Confesarías aún que soy el Hijo del Altísimo?" No, no le hace ninguna de estas preguntas, sino que la única pregunta es: "¿Me amas? ¿Sientes un vínculo personal por Mí, por mi Persona?"

Le llama por su antiguo nombre, el que tenía antes de su conversión, Simón, hijo de Jonás, para recordarle lo que la Gracia había hecho por él y luego sólo le pregunta acerca de su amor. La pregunta se relaciona con un vínculo personal con la persona de Cristo. Ese es mi único punto ahora. Observen que nuestro siempre sabio y tierno Salvador cuestionó a Pedro acerca de su amor en términos muy sencillos. No se anduvo con rodeos. Fue directo al grano, pues no se trata de algo que pueda soportar ambigüedad o duda. Así como el médico toma el pulso de su paciente para evaluar su corazón, así el Señor Jesús tomó de inmediato el pulso del alma de Pedro. No le dijo: "Simón, hijo de Jonás, ¿te arrepientes de tu insensatez?" El arrepentimiento es una Gracia muy bendita y muy necesaria, pero era más sabio medir de inmediato el amor de Pedro, porque es muy cierto que si un discípulo ama a su señor, lamentará profundamente y para siempre haberlo negado.

El Señor ni siquiera pregunta a Su discípulo acerca de su fe, que bien pudo haber sido puesta en duda, pues había dicho con juramento: "No conozco al hombre." Habría sido una pregunta sumamente importante, que de todas maneras fue contestada cuando Pedro confesó su amor, pues quien ama, cree, y ningún hombre puede amar a un Salvador en quien no cree. El Señor no incluyó ningún otro punto en Su pregunta, o quizás deba decir más bien que condensó todos los demás puntos en esta única pregunta: "¿Me amas?" Aprendamos de este hecho que una cosa es necesaria:

el amor a Jesús es el punto vital
y esencial que hay que considerar.

El Señor hizo esta pregunta tres veces como para enfatizar que tiene una importancia de primer orden, y de segundo orden y de tercer orden, y que contiene a todo lo demás y, por lo tanto, quería insistir en ella una y otra y otra vez, de la misma manera que los oradores dan énfasis mediante repeticiones y frases enfáticas a los puntos que quieren hacer resaltar ante sus oyentes. Quería dejar un clavo muy bien clavado, insertado en su cabeza dando golpe tras golpe. Con el mismo tono y con la misma mirada, el Señor le preguntó: "Simón, hijo de Jonás, ¿me amas?" Esto muestra todo el peso que nuestro Señor daba al asunto de su amor, puesto que le preguntó sobre eso, sobre eso únicamente y sobre eso en tres ocasiones.

Cuando ustedes vayan a auto-examinarse, miren fundamentalmente sus corazones y hagan un análisis exhaustivo de su amor. ¿Aman realmente a Jesús? ¿Se encuentran profundamente vinculados con Su persona? ¡Pueden tomar a la ligera cualquier otra cosa, pero sean honestos respecto a esto! Recuerden que el propio Señor Jesús hizo la pregunta y la hizo hasta que entristeció a Pedro. Puesto que era reconocido como un discípulo, Pedro debe haber estado listo para recibir la más severa censura y aun así considerarse tratado con dulzura. Por tanto no era fácil entristecerlo. Nuestro Señor era tardo en toda circunstancia para causar dolor a cualquier corazón verdadero. Sin embargo, en esta ocasión, por sabias razones, Él reiteró Su pregunta hasta tocar las heridas aún abiertas de Pedro, haciéndolas doler. ¿Acaso Pedro no había causado que el corazón de su Señor sangrara? ¿Y no era conveniente que Pedro sintiera heridas en su corazón? Una triple negación exigía una triple confesión y la tristeza que Pedro había causado fue traída a su memoria por la tristeza que sentía ahora.

Entonces, esta mañana, si insisto con esta pregunta hasta entristecer a unos cuantos, no seré digno de ninguna censura por hacerlo. Consolarlos sería una obra buena, pero algunas veces puede ser mejor entristecerlos. No siempre lo mejor que podemos presentarles son los alimentos dulces. Algunas veces la medicina amarga es más importante. ¡No habría llevado la pregunta más allá de su legítima esfera si fuera con la intención de sacudir sus corazones hasta la angustia! El verdadero amor contiene una medida de dolor. Solamente el simple hipócrita pasa por el mundo sin ningún cuestionamiento ansioso o sin examinar el fondo de su corazón. ¡Es mucho mejor que ustedes se entristezcan hoy y sean encontrados fieles al fin, que se sientan bien ahora presuntuosamente y que al fin se encuentren con un terrible desengaño!

Observamos que la pregunta la hizo el propio Señor. ¿Qué pasaría si el Señor Jesús se encontrara con ustedes hoy y les dijera a cada uno de ustedes: "¿Me amas?" Si la pregunta se hiciera al término de alguno de nuestros sermones, o al concluir una enseñanza, no me sorprendería que nos tomase desprevenidos. Encontrándonos en Su Casa, como lo estamos hoy, después de haber cantado dulces himnos en Su honor, habiendo orado unánimemente, y habiendo participado de todo corazón en Su adoración, sería algo extraño que nos preguntaran acerca de nuestro amor por Él, pero ciertamente no sería algo innecesario. Imaginen, pues, que su Señor los encuentra completamente solos y está de pie frente a ustedes. Piensen que Él los toca con Su mano y les pregunta con ternura: "Después de todo, ¿me amas?"

¿Cómo se sentirían ante tal pregunta? ¿No serían sacudidos por ella, y tal vez comenzarían a temblar llenos de vergüenza y considerarían una docena de razones acerca del por qué una pregunta tan profunda les ha sido sugerida en este momento? Y si el Señor la repitiera tres veces y cada una de esas veces la dirigiera directamente a ti, y solamente a ti, ¿no experimentarías profundas búsquedas en tu corazón? Así es como yo quisiera que recibieran la pregunta. Recíbanla como venida directamente de Jesús. Olvídense que la pregunta es hecha por el ministro, o que está escrita en el texto. ¡Tómenla como hecha por Jesús, por el mismo Jesús que los ha redimido de la muerte y del infierno por medio de Su preciosísima sangre!

Él se dirige a ti más que a ningún otro. ¿Acaso no hay una causa? Señalándote a ti de entre todos, te mira fijamente y dice: "Simón, hijo de Jonás, ¿me amas?" Tú sabes que existe una causa para cuestionarte. Responde por ti mismo, sólo tú, pues Él te hace la pregunta a ti solamente. Que no te importen ni Natanael, ahora, ni Tomás, ni los dos hijos de Zebedeo. "¿Me amas?" ¿Realmente, verdaderamente tu corazón late por Jesús de Nazaret? Vamos, Pedro, di ¿sí o no? Tú dices que sí, ¿pero es realmente así? ¿Es realmente así? ¿Es realmente así? Quiero que el cuestionamiento venga a mi propia alma así como a la de ustedes esta mañana, como si Jesús realmente estuviese ante cada uno de nosotros y nos preguntara: "¿Me amas?"

Que el Señor nos conceda la Gracia para
cuestionarnos con solemnidad respecto a esto,
para dar un testimonio honesto y una respuesta
verdadera que sea la verdad,
toda la verdad y nada más que la verdad.

I. Nuestra primera observación es esta: EL AMOR HACIA LA PERSONA DE CRISTO PUEDE NO EXISTIR EN NUESTROS CORAZONES. ¡Es un triste pensamiento y sin embargo con toda certeza verdadero! ¡Inclusive nuestros corazones pueden no sentir amor por Cristo! No veo ningún motivo para eximir alguien de esa pregunta necesaria. Nuestros dones y gracias aparentes pueden impedir que nuestros compañeros nos cuestionen, pero nada impide que nos preguntemos a nosotros mismos, porque ciertamente no habrá nada que impida al propio Señor hacernos esa pregunta.

Ninguna religiosidad externa hace que esta pregunta sea innecesaria. ¿Profesamos una religión? ¿Asistimos asiduamente a formas externas de culto? ¿Participamos de todo corazón en todas las ceremonias públicas de la Casa de Dios? ¡Sí, pero hay miles que hacen eso, cientos de miles que hacen eso cada domingo y sin embargo no aman a Cristo! Queridos hermanos y hermanas, ¿acaso no hay miles de personas empacadas en formas y ceremonias? Si el servicio agrada a los ojos y a los oídos, ¿acaso no estarán muy contentos? ¡El amor a la Persona de Cristo no se ha dado en las masas que confiesan adorar a Jesús!

Conocemos a otras personas para quienes el fin y la esencia de la religión consisten en la enunciación ortodoxa de doctrina. En tanto que la predicación sea acorde con la confesión de fe y cada palabra y cada acto sean piadosamente correctos, ellos están muy complacidos. Pero el amor a Jesús nunca mueve sus corazones. La religión para ellos no es nunca un ejercicio del corazón. Es simplemente un trabajo mental, si acaso. No saben nada del alma viviente que se derrama hacia una Persona viviente, un corazón sangrante entrelazado a otro corazón que sangra, una vida que subsiste por otra vida a la que ama profundamente. Conocemos a algunos hermanos y hermanos que llevan esto muy lejos y si el predicador no está de acuerdo con ellos en un detalle mínimo, se sobrecogen con un horror piadoso ante su falta de corrección doctrinal, y ya no lo quieren escuchar más. Aún si predica a Cristo de una manera preciosa en el resto de su sermón, eso no vale nada, porque el predicador no puede pronunciar correctamente "Shibolet."

¡Qué es la ortodoxia sin amor sino una catacumba en la que se entierra a la religión sin vida! ¡Es una jaula sin ningún pájaro! ¡El amarillento esqueleto de un hombre al que ha abandonado completamente la vida! Me temo que la corriente general de la vida de la iglesia se orienta demasiado hacia lo externo y muy poco hacia el ardiente amor profundo por la Persona de Cristo. Si se predica mucho acerca de la religión emocional y acerca de la piedad que cambia el corazón, quienes profesan la religión a sangre fría te pondrán la etiqueta de místico y comenzarán a hablar de la Señora Guyón y del peligro de la escuela quietista de la religión. No nos importaría tener un poco de ese sabor, aunque se nos culpara por ello, pues, después de todo, ¡conocer a Cristo es la cosa más grandiosa! La fe más bendita es la fe que trata con más plenitud con la Persona de Jesucristo. El arrepentimiento más verdadero es el que llora a la vista de Sus heridas y el amor que es más dulce es el amor que se tiene a la Persona adorable del Bienamado.

Yo considero a las doctrinas de la Gracia como los vestidos de mi Señor que exhalan mirra, áloe y casia. Considero Sus preceptos como Su cetro que consiste en una vara con su extremo recubierto de plata. Y me deleito tocándola y encuentro consuelo en su poder. Considero las ordenanzas del Evangelio como el Trono en que Él se sienta y me deleito en ese Trono de marfil con incrustaciones de oro puro. ¡Ah pero Su persona es más dulce que Sus vestidos, más querida que Su cetro, más gloriosa que Su Trono! ¡Él en Sí mismo es adorable y amarlo es la verdadera esencia de la religión verdadera! Pero tal vez tú no lo amas después de todo. Podrás tener todos los signos externos de una religión formal y sin embargo no posees el secreto del Señor. ¡Será en vano reverenciar el día del Señor si olvidas al Señor del día domingo! ¡En vano amas al santuario si no amas al Sumo Sacerdote, en vano amas la fiesta de bodas si no amas al Novio! ¿Me amas? Esa es la pregunta. "Simón, hijo de Jonás, ¿Me amas?

Tampoco, hermanos y hermanas, el más elevado oficio dentro de la Iglesia hace innecesaria esta pregunta. Pedro era un apóstol y de ningún modo menor al mayor de ellos. En algunos sentidos él fue la primera piedra de la Iglesia y sin embargo fue necesario preguntarle: "¿Me amas?" Hubo una vez un apóstol que no amó al Señor. Hubo un apóstol que ambicionaba 30 piezas de plata. Un buen precio fue ese en el que vendió al Señor. ¡El nombre de Judas debería sonar los tañidos fúnebres de toda confianza presuntuosa en nuestra posición oficial! ¡Podemos tener una posición muy alta dentro de la Iglesia y sin embargo caer para ser destruidos! Nuestro nombre puede estar en el registro de los líderes religiosos y sin embargo podría no estar escrito en el Libro de la Vida del Cordero. Así que, hermano ministro, diácono o anciano, es necesario que nos hagamos la pregunta: "¿Amas al Señor?"

El gozo de los privilegios cristianos más grandes no hace innecesaria la pregunta. Pedro y Santiago y Juan fueron los tres apóstoles más favorecidos. Fueron testigos de algunos de los milagros de nuestro Señor que fueron realizados en secreto y no fueron vistos por ningún otro ojo humano. Ellos contemplaron al Señor en el Monte de la Transfiguración en toda Su Gloria y lo vieron en el huerto de Getsemaní en toda Su agonía y sin embargo, aunque fueron distinguidos de esa manera, su Señor consideró necesario preguntar al líder: "¿Me amas?" Oh hermano mío, has tenido elevados gozos, has estado en el Tabor, iluminado con su luz transportadora y también has tenido comunión con Cristo en Sus sufrimientos, o, al menos piensas que así ha sido.

¡Estás familiarizado tanto con las agonías internas como con los gozos espirituales! Has sido amigo del Señor y has compartido el pan con Él y sin embargo, recuerda, ¡hubo uno que hizo esto y que a pesar de ello levantó su talón en contra de Él! Por tanto es necesario preguntarte a ti, mi hermano: "¿amas al Señor?" ¿Realmente lo amas, después de todo? Pues no es necesariamente cierto que lo amas simplemente por lo que has visto y lo que has gozado. Es fácil inventar una notable experiencia, pero la única cosa necesaria es un corazón que ama. Asegúrate de tener un corazón así.

Tampoco, mis queridos hermanos, el celo más intenso previene la necesidad que se haga esta pregunta. Pedro era un discípulo de un corazón ardiente. ¡Cuán listo estaba para actuar y arriesgarse por su Señor! Cuán impetuosamente gritó cuando estaba en el lago de Galilea: "Señor, si eres tú, manda que yo vaya a ti sobre las aguas." ¡Qué osadía! ¡Cuánta fe! ¡Qué celo tan vehemente! Y aquí también, en la narración que tenemos frente a nosotros, cuando el Señor estaba junto a ese mismo mar de Tiberias, Pedro, en su temerario celo, no puede esperar que el bote llegue a la costa. Se ciñe la ropa de pescador y se echa al mar para reunirse con el Señor al que ama y sin embargo, a pesar de ese celo temerario ante Él, el Señor le pregunta: "¿Me amas?"

¡Así es, mi joven amigo, eres muy dedicado en la escuela dominical, has buscado la conversión de los pequeñitos y has tenido más éxito que muchos! Tú animas a otros y le das ímpetu a cualquier movimiento en el que te involucras. Y sin embargo debes preguntarte si en toda verdad amas al Señor o no. Quizás, querido hermano, te paras en las esquinas y te enfrentas a la multitud impía y te deleitas en hablar de Jesús, sin importarte que los hombres se opongan. Sin embargo ¿estás seguro que amas a Jesús? Hermana mía, tú visitas a los pobres y cuidas a los necesitados. Te entregas totalmente para el bien de los jóvenes y vibras en todas las cosas que conciernen a la causa del Redentor. Te admiramos y esperamos que tu celo no decaiga nunca. Pero a pesar de todo eso, aun a ti se te debe hacer la pregunta: "¿Amas al Señor Jesús?"

Hay un celo que es alimentado por la importancia que se da a las opiniones de los demás y que es sostenido por un deseo de ser considerado celoso y útil. Hay un celo que más bien proviene del ardor de la naturaleza que del santo fuego de la Gracia. Este celo ha permitido a muchas personas hacer grandes cosas y sin embargo, cuando han hecho todo, ¡han sido como metal que resuena, o címbalo que retiñe porque no amaban a Jesucristo! Las acciones más llenas de celo, aunque naturalmente nos lleven a esperar que quienes las realizan aman a Jesús, no son una evidencia concluyente y, por lo tanto, debemos preguntar aún: "¿Aman al Señor?"

Sí, queridos amigos, iré un poco más lejos: la mayor abnegación no es prueba de ese amor. Pedro pudo decir: "He aquí, nosotros lo hemos dejado todo, y te hemos seguido." Aunque no era mucho, sin embargo era todo lo que Pedro tenía y lo había abandonado todo por la buena causa, sin haber recibido ningún bien terrenal a cambio. Habían abusado de él con frecuencia y le habían recriminado por causa de Jesús, y esperaba aún más reproches, sin embargo era fiel y estaba dispuesto a sufrir hasta el final. Sin embargo el Señor, sabiendo todo lo que Pedro había sacrificado por Su causa, a pesar de eso le preguntó: "¿Me amas?" Es triste aunque extrañamente cierto que los hombres han llevado a cabo sacrificios considerables para ser cristianos que confiesan la fe y sin embargo no han poseído en ellos la raíz del asunto.

Inclusive algunos de ellos han sufrido prisión por la Verdad de Dios y sin embargo no han sido cristianos sinceros. Es difícil afirmar esto, pero es de temerse que en los días de los mártires algunos han ofrendado sus cuerpos a la hoguera, pero debido a que no tenían amor, no les sirvió de nada. El amor es esencial. Nada puede compensar su ausencia. ¡Y sin embargo puede ser que esta preciosa joya no esté en sus corazones!

¡Oh Dios, yo tiemblo
al pensar
que tal vez tampoco
esté en
mi corazón!

Que cada quien oiga la pregunta: "Simón, hijo de Jonás, ¿Me amas?" Debo enfatizar aún más este punto. A menudo es necesario que nos hagamos esta pregunta porque hay otros puntos en la religión además de los aspectos emocionales. El hombre no es sólo corazón. Tiene también un cerebro y el cerebro debe ser consagrado y santificado. Por consiguiente es necesario que estudiemos la Palabra de Dios y nos convirtamos en escribas bien instruidos en el reino del Cielo.

Pedro fue a la universidad durante tres años, siendo su tutor Jesucristo, y aprendió muchísimo. ¿Quién no aprendería de tan gran Maestro? Pero después de haber completado sus cursos, su Señor, antes de enviarlo para que cumpliera su ministerio, consideró necesario preguntarle: "¿Me amas?" Hermano, puedes pasar las páginas de tu libro. Puedes digerir doctrina tras doctrina. Puedes abordar propuestas y problemas teológicos y puedes trabajar muy duro para resolver cada dificultad y poder explicar los textos. Puedes responder las preguntas, hasta que, de una forma u otra, tu corazón se va secando como las hojas del libro y la polilla se alimenta de tu alma como si fuera un papel, comiendo todo a su paso hasta llegar al espíritu. Por lo tanto, es algo saludable que el Señor venga al estudio y cierre el libro y le diga al estudiante: "Quédate quieto un rato, y déjame preguntarte: ¿Me amas? Yo soy mejor que cualquier libro y que todos los estudios. ¿Sientes un amor cálido, humano y vivo por Mí?"

Espero que muchos de ustedes sean estudiantes diligentes. Si enseñan en la escuela dominical deberían ser diligentes. Si predican en las calles o en grupos congregados en casas, deberían ser diligentes. ¿Cómo pueden llenar a otros si ustedes mismos no están llenos? Pero, al mismo tiempo, presten mucha atención a la condición de su corazón en relación a Cristo. Saber es bueno, pero amar es mejor. Si estudian, pueden resolver todos los problemas. Sin embargo, si no aman, habrán fracasado en captar el misterio de misterios y no conocerán la más excelente de las ciencias. El conocimiento infla, el amor construye. Entonces consideren muy bien la pregunta: "¿Me amas?"

Gran parte de la vida cristiana, también, debería dedicarse a una activa labor. ¡Siempre debemos tener alguna actividad! Si se necesitaba hacer algo, Pedro estaba listo para realizarlo. ¡Había ido en misiones para predicar el Evangelio y hasta los demonios se le habían sometido! Pedro había obrado maravillas en nombre de Jesús y había recibido la orden de hacer más grandes maravillas. Sin embargo, a pesar de todo lo que Pedro había hecho, su amor necesitaba ser examinado. Aunque esos pies de Pedro habían caminado sobre el mar, cosa que los pies de ningún otro hombre habían logrado, sin embargo era necesario preguntarle a Pedro: "¿Me amas?" ¡Acababa de arrastrar esa enorme red a la costa con todo su cargamento de peces, ciento cincuenta y tres! Con gran habilidad y con un enorme esfuerzo había arrastrado toda esa pesca a la orilla. Sin embargo, esto no era ninguna prueba de su amor.

Hay entre nosotros algunos predicadores del Evangelio que han sacado una red completamente llena hasta la costa. ¡Había muchos peces grandes! Ha habido trabajadores grandes y exitosos, pero esto no es obstáculo para que el Señor examine sus corazones. Les pide que pongan a un lado sus redes por un momento y tengan comunión con Él. Cierren sus himnarios. ¡Guarden la hoja de asistencia al culto y dejen de contar peces! ¡Entren a su aposento pues el Señor quiere preguntarles algo! "En mi nombre has lanzado demonios, pero ¿Me has amado? Arrojaste la red hacia el costado derecho, como te lo indiqué, pero ¿Me has amado? Sacaste todo el producto de la pesca hasta la orilla, pero ¿Me has amado?" Hermanos y hermanas, este es un solemne temor: "no sea que habiendo sido heraldo para otros, yo mismo venga a ser eliminado." ¡No sea que después de haber traído a otros a Jesús y de haber servido bien a Dios en la escuela, o en alguna otra esfera, resulten reprobados porque no han amado al propio Jesús!

Debo hacer la pregunta una y otra vez y pido al Espíritu Santo que cada uno de nosotros sienta su poder. Tal vez hemos sido llamados a contender ardientemente por la fe. Y tal vez hemos estado combatiendo contra los enemigos del Rey aquí y allá, defendiendo la Verdad de Dios como si defendiéramos nuestra propia vida. Es bueno que seamos buenos soldados de Jesucristo, pues nuestra época necesita hombres que no teman soportar reproches por proclamar la Verdad de Dios con palabras fuertes y firmes. Pero a este espíritu es muy importante hacerle la pregunta: "¿Me amas?" Un hombre puede ser un protestante muy firme pero bien puede no amar a Cristo. ¡Puede ser un abogado ardiente de la Verdad divina, pero puede muy bien no amar a Quien es la verdad misma! Puede sostener puntos de vista basados en las Escrituras en relación al Bautismo y puede ser que nunca haya sido bautizado en Cristo.

Un hombre puede ser un decidido cristiano independiente (disidente de la iglesia anglicana) y puede ver todos aquellos males para los que su movimiento es una protesta, ¡pero aún así puede estar conformado al mundo, y estar perdido a pesar de toda su disidencia! Es una cosa grandiosa que cada combatiente cristiano revise esta armadura para que pueda responder con prontitud a la pregunta: "Simón, hijo de Jonás, ¿Me amas?" Resumiendo todo, permítanme decirles, queridos hermanos (sin importar cuán eminentes puedan ser en la Iglesia de Dios e independientemente de sus servicios distinguidos o de su sufrimiento) ¡no evadan la pregunta! ¡Abran su corazón para que lo inspeccione el Señor! Contéstenle con valor humilde mientras Él les pregunta, una y otra vez, hasta que ustedes se entristezcan: "Simón, hijo de Jonás, ¿Me amas?"

II. Ahora proseguimos al segundo punto. DEBEMOS AMAR LA PERSONA DE CRISTO O DE LO CONTRARIO TODAS NUESTRAS PASADAS PROFESIONES DE FE HAN SIDO UNA MENTIRA. No es posible que un hombre sea un cristiano y que no ame a Cristo. Sin corazón no hay vida. Tu primera verdadera esperanza del cielo te llegó, si alguna vez te ha llegado, por medio de Jesucristo. Amados hermanos, ustedes han oído el Evangelio, pero el Evangelio sin Cristo nunca fue buenas nuevas para ustedes. Ustedes leen la Biblia, pero la Biblia sin un Cristo personal, nunca fue nada más que letra muerta para ustedes. Han escuchado muchas súplicas ardientes pero todas han caído en oídos sordos hasta que vino Jesús y los forzó a entrar.

El primer destello de consuelo que alguna vez entró en mi corazón surgió de las heridas del Redentor. Nunca guardé ninguna esperanza de ser salvo hasta que lo miré a Él colgado en el madero en medio de agonías y sangre. Y debido a que nuestra más firme esperanza está ligada, no a ninguna doctrina o a algún predicador, sino a Jesús, nuestro todo en todo, por tanto estoy seguro que aun si acabamos de recibir nuestra primera esperanza, debemos amar a Jesús, de quien nos ha venido esa esperanza. Y no solamente comenzamos con Él, pues cada bendición del Pacto que hemos recibido ha estado relacionada con Su Persona y no se podría haber recibido sin Él. Ustedes han obtenido el perdón, pero ese perdón ha sido por medio de Su sangre. Han sido vestidos con justicia, pero Él es el Señor, la Justicia de ustedes. Él es, Él mismo, la gloria y la belleza de ustedes.

Ustedes han sido limpiados
de muchos pecados a través de la conversión,
pero fue el agua que emana
de Su costado abierto
la que los lavó.

Ustedes han sido hechos hijos de Dios, pero su adopción sólo los ha llevado a sentir más semejanza al Hermano Mayor, mediante quien son hechos herederos de Dios. Ninguna de las bendiciones del Pacto existe fuera de Cristo, y no puede gozarse de ellas sin Él, de la misma manera que la luz y el calor no pueden separarse del sol. Todas las bendiciones nos llegan de Sus manos traspasadas y, por lo tanto, si las hemos recibido debemos amarlo. No es posible haber disfrutado de los dones dorados de Su amor sin límites sin ser llevados a amarlo a Él en reciprocidad. No pueden caminar bajo el sol sin ser calentados por él, ni recibir la plenitud de Cristo sin estar llenos de gratitud.

Cada ordenanza de la Iglesia cristiana, desde nuestra conversión, ha sido una farsa si no hemos amado a Cristo en ella. Por ejemplo, el bautismo. ¿No sería simplemente el lavamiento de la suciedad del cuerpo si no fuéramos sepultados con Cristo en el bautismo para muerte? ¡De la misma manera que Él se levantó de los muertos por la gloria del Padre, así nosotros también podemos levantarnos a una vida nueva! ¿Qué es la cena del Señor? ¿Acaso no es solamente comer pan y tomar vino a menos que Cristo esté allí? Pero si nos hemos acercado a la cena del Señor como hombres verdaderos y no como hipócritas de corazón falso, hemos comido Su carne y bebido Su sangre ¿y es posible haber hecho eso sin haberlo amado a Él? ¡No puede ser!

Esa comunión con Cristo que es absolutamente esencial en las ordenanzas, va a generar en el corazón, con toda certeza, amor con Quien tenemos comunión. Y así, amados hermanos, ha sucedido con cada acercamiento que hemos hecho para con Dios a lo largo de todos nuestros años de vida cristiana. ¿Oraste, hermano mío? ¿Realmente hablaste con Dios en oración? No podrías haberlo hecho excepto por medio de Jesús el Mediador. Y si has hablado con Dios a través del Mediador, no puedes permanecer sin amor hacia Quien ha sido tu puerta de acceso al Padre. Si has afirmado que profesas una religión, ¿cómo puede ser tu profesión verdadera y honesta a menos que tu corazón sienta un apego profundo hacia el Gran Autor de la salvación? Tienes grandes esperanzas ¿pero qué es lo que esperas? ¿Acaso no está toda tu esperanza envuelta completamente en Él? ¿No esperas que cuando Él aparezca, tú serás como Él es?

Esperas morir triunfante, pero no sin que Él haga muy blando tu lecho de muerte como una almohada de plumas. Tú esperas ser levantado otra vez, pero no aparte de Su resurrección, pues Él es los primeros frutos de la cosecha de la resurrección. Tú esperas reinar en la tierra, pero será con Él. No esperas un milenio sin el Rey. Esperas un cielo sin fin, pero ese cielo ha de ser con Jesús, donde Él está, contemplando Su gloria. Entonces, puesto que todo lo que has obtenido (si en verdad lo has recibido del Señor) tiene el sello de Cristo, te ha llegado directamente de sus manos traspasadas. No puede ser que lo hayas recibido a menos que Lo ames.

Ahora, cuando hago la pregunta, recuerda que de tu respuesta a esa pregunta pende esta alternativa: un hombre hipócrita o un hombre verdadero, un convertido genuino o alguien que profesa su fe en falso, un hijo de Dios o un heredero de la ira. Por tanto, responde al cuestionamiento, pero hazlo después de una profunda reflexión. Responde la pregunta conscientemente, como si estuvieras ante el tribunal de Él que ahora te pregunta con mucha ternura, pero que después hablará en otros tonos y tendrá otra mirada, con esos ojos que son como llamas de fuego. "Simón, hijo de Jonás, ¿Me amas?"

III. Nuestra tercera consideración es esta: DEBEMOS AMAR LA PERSONA DE CRISTO O DE LO CONTRARIO NADA ESTARÁ BIEN EN EL FUTURO. Aún no hemos concluido nuestra vida. Tal vez nos espere un largo peregrinaje. Todo saldrá bien si amamos a Cristo, pero todo saldrá mal si el amor a Jesús está ausente. Por ejemplo, Pedro es llamado a apacentar los corderos y a pastorear las ovejas, pero para un verdadero pastor, el primer requisito es amar a Cristo. Yo deduzco de este incidente y estoy seguro que mi interpretación es razonable, que Jesucristo, queriendo hacer de Pedro un pastor de Sus ovejas y corderos, está comprobando sus verdaderas cualidades. Y no investiga el conocimiento que posee Pedro o sus dones de oratoria, sino más bien acerca de su amor, pues la primera, la segunda y la tercera cualidad de un verdadero pastor es un corazón lleno de amor.

Observen, por favor,
que lo que es válido para un pastor
es también válido para cualquier
trabajador útil para Cristo.
El amor es esencial, mi querido amigo.

No puedes trabajar para Cristo si no Lo amas. "Pero yo puedo enseñar en la escuela," dice alguien. "No, nadie debe enseñar en la escuela dominical, si no tiene amor a Jesús." "Pero yo estoy relacionado con una sociedad muy interesante, que hace mucho bien." "No estás glorificando a Dios a menos que estés relacionado con esa sociedad porque amas a Jesucristo." Deja tus herramientas, pues no puedes trabajar con provecho en la viña de mi Señor a menos que tu corazón sienta amor por Él. Es mejor que la vid se quede sin podar en vez de que sea podada por manos enojadas. Deja a las ovejas en paz. Nunca las podrás cuidar si tu corazón es duro y poco amable. Si no amas al Señor, no sentirás amor por Su obra, o por Sus siervos o por las reglas de Su Casa, y nos podrá ir mejor a todos sin ti que contigo. Tener a un obrero descontento en la Casa del Señor y Su viña sería muy desagradable para toda la familia. El corazón debe tener amor pues el verdadero servicio no puede salir sólo de las manos.

Es posible que te espere el sufrimiento, y si tu corazón no es fiel a Cristo, no podrás soportarlo pacientemente en Su nombre. Pronto le llegó a Pedro el tiempo de dar gloria a Dios con su muerte. Pedro tiene que ser vestido y llevado adonde no quiere. ¿Acaso estaría preparado para el martirio si no amase a Jesús? La tradición sostiene que Pedro fue crucificado con su cabeza hacia abajo pues le parecía demasiado honor morir en la misma posición que su Señor. Puede ser. Sin duda fue crucificado y fue más que un conquistador por su amor fuerte y profundo. El amor hace al héroe. Cuando el Espíritu de Dios enciende el amor, Él inspira valor.

Comprendan entonces, ustedes que creen, cuánto necesitan del amor para el futuro. Joven cristiano, tendrás que pasar por tribulaciones antes de entrar al cielo. No me importa en qué esfera de la vida te muevas, eres particularmente favorecido si alguien no se burla de ti o te persigue. ¡De aquí al cielo serás puesto a prueba y, tal vez, tus enemigos serán los hombres de tu propia casa! Muchos estarán pendientes de tus tropiezos y aun colocarán obstáculos en tu camino. Para caminar con firmeza tendrás que llevar los fuegos de amor en tu corazón. Si no amas a Jesús intensamente, el pecado será tu amo. Las abnegaciones y las humillaciones son muy fáciles de llevar cuando hay amor, pero sin amor son imposibles. Para trabajar o para sufrir o para morir fielmente, debemos amar a Jesús con todo nuestro corazón.

Queridos hermanos y hermanos, si no sentimos amor por la Persona de Jesucristo nuestra piedad carece del elemento adhesivo. Falla en eso que nos ayuda a mantenernos en el viejo camino bueno y sostenernos hasta el fin. Los hombres a menudo abandonan lo que les gusta pero nunca abandonan lo que aman. Los hombres pueden negar aquello en lo simplemente creen como asunto de convicción mental, pero nunca van a negar aquello que sienten que es verdadero y que aceptan con afecto del corazón. Si van a perseverar hasta el fin, debe ser en el poder del amor. El amor es la gran fuerza inspiradora. Muchas obras en la vida cristiana son imposibles de realizar mediante cualquier otra fuerza que no sea el amor. Al servir a Cristo atraviesas alguna dificultad demasiado grande para el criterio, demasiado dura para la prudencia, y la incredulidad se sienta para poder evaluar y calcular. Pero el amor, el poderoso amor, se ríe ante la imposibilidad y puedes atravesar la dificultad, por Jesucristo.

El amor penetra en la filas enemigas.
El amor salta por encima de los muros
y, ¡llevado de la mano por la Fe,
es omnipotente!

Más aún, por medio del poder de Dios que está en él, el amor todo lo puede por Jesucristo su Señor. Si no tienes amor, tu energía se debilita. Falta la fuerza que llena de energías al hombre y somete a sus enemigos. También, sin amor, no tienes la fuerza transformadora. El amor a Cristo es lo que nos hace semejantes a Él. Los ojos del amor, como ventanas, dejan entrar la imagen del Salvador y el corazón del amor la recibe como una placa sensible hasta que toda la naturaleza lleva su imagen. Eres como aquello que amas, o cada vez te vas pareciendo más a aquello que amas. Si amas a Cristo, gradualmente te vas haciendo semejante a Él. Pero sin amor, jamás reflejarás la imagen de lo celestial. ¡Oh Espíritu de Dios, con alas de amor, cúbrenos hasta que Cristo sea formado en nosotros!

Mis hermanos y hermanas, hay aún otra reflexión: sin amor a Cristo no poseemos el elemento que perfecciona. Pronto estaremos con Él. En unas pocas semanas o meses, ninguno de nosotros puede decir cuán pocos son, estaremos en la Gloria. Sí, ustedes y yo. Muchos de nosotros estaremos vestidos de ropas blancas y con palmas en la mano. Tal vez sólo podamos comprar dos o tres almanaques más y después ya no podremos llevar la cuenta de los días, pues estaremos donde el tiempo, con sus pequeños remolinos y corrientes, será olvidado en el arco iris eterno de las edades. Pero si no amamos a Jesús, no estaremos donde Él está. No hay nadie en el cielo que no haya aprendido a amarlo primero aquí abajo. Así que debemos amar a Jesús. El futuro lo demanda imperiosamente y, por lo tanto, hago la pregunta nuevamente con mayor seriedad y vehemencia: "Simón, hijo de Jonás, ¿Me amas?"

IV. Pero ahora voy a suponer que he recibido una respuesta de ustedes y que pueden decir que ustedes verdaderamente aman a Jesús. Entonces mi cuarto punto que es también el último debe ser: SI EN VERDAD LO AMAMOS, ¿ENTONCES QUÉ? Si en verdad lo amamos, hagamos algo por Él, pues Jesucristo respondió a Pedro cuando dijo: "Señor, tú lo sabes todo; tú sabes que te amo." "Apacienta mis ovejas." Esto fue muy amable de parte del Salvador, porque Él sabía en lo profundo de Su corazón que dondequiera que haya amor hay el deseo de llevar a cabo actividades. Debido a que Jesús amó tanto, Su alimento y Su bebida consistían en hacer la voluntad de Su Padre celestial.

Así piensa Jesús: "Pedro me ama y su corazón se dolerá si no le doy alguna actividad. Ve y apacienta mis corderos, ve y pastorea mis ovejas." ¡Hermano, hermana, si amas a Cristo, no desperdicies este domingo por la tarde! ¡Si amas a Cristo, ponte a trabajar! ¿Qué haces? Participo en los medios de la Gracia y recibo muy buen alimento. ¿Eso es todo? Eso es hacer algo para ti mismo. Muchas personas en el mundo están ocupadas alimentándose (y usan ávidamente tenedor y cuchillo) pero no estoy seguro que comer el pan de los hombres sea una prueba de amor por Él. Muchísimos cristianos que profesan su fe no dan ninguna prueba de amor a Cristo excepto que disfrutan los sermones. Pero ahora, si amas a Cristo tal como la afirmas, demuéstralo haciendo el bien a otros: "Apacienta mis corderos."

Veo que un grupo de hermanos se ha reunido para tener una conferencia y crecer en la Gracia. Eso es ciertamente excelente. Crezcan, mis hermanos, tan rápido como puedan. Me gustaría verlos como un jardín de flores, con todas ellas creciendo y brillando. Pero cuando hayan hecho todo eso, ruego a Dios para que no estén satisfechos de ustedes mismos como si hubieran llevado a cabo una cosa maravillosa y poderosa, porque no hay nada allí a menos que los lleve a trabajar para los demás. Hacer públicos esos felices eventos es como decir a la pobre gente de Whitechapel que el señor alcalde y el regidor gozaron de un exquisito banquete y comieron sopa de tortuga. Supongan que yo me entero que ustedes han tenido una espléndida serie de reuniones. Pues me alegraría de que ustedes la hayan pasado bien, pero el punto es este: ¡si hay algo bueno en eso, pónganse a trabajar!

Si amas a Cristo,
apacienta sus ovejas y corderos.
Si no, todo sería puras palabras.
Si no, sería mucho ruido
y pocas nueces.


¡Si no, es simplemente puro bullicio, entonces pónganse a trabajar para ganar almas! ¡Vayan a los pobres y a los necesitados! ¡Vayan donde están los perdidos y los extraviados! ¡Vayan a quienes están en medio de tinieblas y a los ignorantes y proclamen a Cristo como el bálsamo de Galaad y Salvador de los pecadores! Después de todo, esta es la prueba de cuánto han crecido en la Gracia. Esta es la prueba de una vida más elevada. Esta es la prueba de cuánto se asemejan a Jesús. ¿Qué van a hacer por Él? Pues si no van ahora y apacientan Sus corderos y pastorean Sus ovejas, de nada sirve lo que digan o lo que suponen que gozan. No dan ninguna de las pruebas del amor que pide Jesús.

Agrego estas palabras finales: cuando enseñen sus clases dominicales o a sus propias familias, háganlo por amor a Jesús. Digan a su corazón: "Amo a Cristo y ahora voy a enseñar por amor a Él." ¡Oh, habrá una clase grandiosa esta tarde, hermana mía! ¡Enseñarás con mucho poder, si lo haces por amor a Él! ¡Cada palabra que pronuncies tendrá mucho poder pues será sugerida por el amor que tienes para Él! Tendrás mucha paciencia con esa niña que hace mucho ruido y que tanto te molesta, por el amor de Él. Ese niño travieso que no aprende la verdad que le enseñas, te cansa porque le dices muchas historias y cuando has terminado quiere otra historia. Con mucha paciencia le dirás otra, por amor a Cristo.

Cuando oren con los pequeñitos, oren para tener amor por ellos por Cristo. Si van a predicar, prediquen por amor de Cristo. A veces lo hacemos porque nos corresponde hacerlo, pero nunca debería ser así. Ustedes saben cuánto se deleitarán sus sirvientes en servirles si lo hacen por amor. Han estado fuera unas cuantas semanas y finalmente regresan a casa. ¡Miren su habitación! ¡Qué grata bienvenida es para ustedes! ¡Han destruido casi la mitad del jardín para traerles flores y que la mesita se vea preciosa para recibirlos a ustedes! La cena (es la misma cena que cualquier María o Juana habría cocinado) pero ¡miren cómo está puesta sobre la mesa! Todo parece indicar que se ha hecho por amor al señor y la señora de la casa, para mostrar el afecto y el respeto por ellos. ¡Y ustedes lo gozan de manera indescriptible porque todo ello revela amor!

Ahora, mañana y mientras vivan, ¡háganlo todo por amor a Cristo! Cubrirá de flores todo su trabajo y hará que se vea precioso a Sus ojos. Pongan a trabajar dedos de amor, cerebro lleno de amor, ojos de amor, manos de amor. Piensen con amor, oren con amor, hablen con amor, vivan con amor y de esta manera van a vivir con poder y Dios los bendecirá por Cristo nuestro Señor. Amén.
ooo
Sermón predicado la mañana del Domingo 27 de Febrero de 1876
por Charles Haddon Spurgeon
En el Tabernáculo Metropolitano, Newington, Londres

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sábado, dezembro 21, 2013

O Olhar de Jesus



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Ator Robert Powell - Filme Jesus de Nazareth (1977)


"Eu sou a luz do mundo; quem me segue

não andará em trevas, mas terá a luz da vida."

João 8:12


João Cruzué

É notável a diferença entre o olhar de Jesus e o olhar dos homens. Estes habituam-se desde cedo ao pessimismo, ao desprezo, à desconfiança e à crítica. Ajustam o foco sobre as fraquezas, sobre os defeitos, explorando detidamente o lado mesquinho e hipócrita das pessoas. Jesus Cristo, a expressão viva do amor de Deus, pelo contrário, não segue o padrão do olhar  humano, quando examinamos suas ações nas páginas do Evangelho.

Quando Jesus viu Pedro pela primeira vez, não criticou suas fraquezas nem profetizou que o negaria - embora já soubesse de tudo. Em lugar de uma taquara (o significado do nome Simão) Cristo viu uma rocha; foi por isso trocou o nome de Simão para Cefas.

É assim que Jesus nos vê.

Quando nos aproximamos, Ele não aponta o dedo para nossas fraquezas para que murchemos e desanimemos. Seu olhar  procura por algo  bom em nosso interior, ainda que seja apenas uma partícula de bondade entre um milhão de defeitos. Se você procurar por Ele, vai ver que é assim.

Quando Jesus viu o baixinho Zaqueu no alto da figueira não zombou dele perante as pessoas. Poderia ter dito bem alto: Eis ali em cima o chefe mais corrupto dos coletores de impostos  de Jericó. Não, ele não fez assim. Outros  diriam aquilo, mas Jesus olhava para Zaqueu com amor. Foi por isso que sorriu e disse: Zaqueu, desce depressa, pois hoje me convém jantar em tua casa".  Apenas  um olhar e algumas palavras foram suficientes para produzir a mudança mais inesperada na vida do chefe dos publicanos de Jericó.

Já o olhar do diabo é exatamente o contrário. É crítico. Procura insistentemente por qualquer mancha para humilhar, desprezar e destruir. No livro de Jó, isto fica bem patente. Enquanto Deus elogiava Jó, o diabo rebatia. A especialidade do diabo é levar a amargura de espírito porque é um ser amargurado e caído.

Nós também, de vez em quando, costumamos menosprezar as coisas aparentemente pequenas. Quando o profeta Eliseu perguntou para a viúva endividada: O que tens em tua casa? Ela parou, pensou e disse: Não tenho nada, a não ser um poco de azeite em uma botija. O que ela considerava pouco, era a quantidade certa que Deus precisava para fazer o milagre da multiplicação. Jesus é Deus, e Deus não enxerga coisas pequenas em nossas vidas.


Quando Jesus olhou para aquela mulher, tangida pelas ruas por aquele  grupo de apedrejadores,  não viu nela uma adúltera nem uma prostituta, mas uma jovem que precisava apenas de uma oportunidade para se levantar e nunca mais pecar.

Quando Jesus mandou retirar a pedra do túmulo de Lázaro, ele não viu um cadáver  mal-cheiroso, enrolado, mas  um velho amigo caminhando diante de uma família de pessoas surpresas e maravilhadas.

Jesus vê uma rocha onde todos veem uma fracassado. Jesus vê um convertido sincero enquanto todos enxergam um fiscal corrupto sem possibilidades de recuperação. Jesus vê um homem correndo e saltando, enquanto os conhecidos enxergam um coxo inútil e teimoso. Jesus não atira pedras em quem está caído. Jesus enxerga vida, onde todos já desistiram ou taparam o nariz por causa do mau cheiro. Jesus Cristo não vira as costas ao ladrão arrependido, mas bate com insistência à porta do coração dos homens.

O olhar de Jesus é misericordioso para aqueles que buscam seu socorro. Se nossas virtudes resumissem apenas a uma única gota d'água no fundo do copo vazio, ainda assim Ele volveria seus olhos para ela e nos diria: Me alegra que isto está em teu coração. Este é o olhar de Jesus.

Abra seu coração para ele neste Natal! Receba Jesus em seu coração, Ele é o presente de Deus para mudar a sua vida.


Curso Bíblico: Como se reconcilar com Deus




segunda-feira, agosto 20, 2012

Ajuda espiritual para desesperados

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O SENHOR JESUS AMA VOCÊ

O perdão ao Filho Pródigo
João Cruzué
 
É possível ser rico, ter tudo e ao mesmo tempo não ter nada. Nada além de um vazio na alma e um desejo estranho de morrer. Várias causas podem levar a esta situação, mas não vou escrever aqui um tratado sobre causas de desespero, pelo contrário, vou ser curto e objetivo: Pode estar sobrando dinheiro, mas está faltando Deus na sua vida. O único lugar onde se pode achar a PAZ verdadeira é ao lado de Jesus Cristo, o filho do Deus Vivo.

No livro do Profeta Isaías, há uma referência especial  sobre  Jesus, que diz assim:  "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz."


Este Príncipe da Paz é Jesus Cristo. Filho de um Deus riquíssimo, que nasceu em uma mangedoura junto com os animais na cidade de Belém, Palestina/Israel. Ele veio a este mundo para reconciliar os pecadores, os maus, os desesperados com o Pai Eterno, o Deus YAVEH, também conhecido como EL SHADAI, ELOHIN, JEOVÁ, o Deus de Israel.


Para vencer o desespero e receber a paz, só há um caminho. No Evangelho segundo São João está escrito: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por Mim. Quem afirmou isso foi Jesus Cristo. Não importa o tamanho dos erros e maldades que você já fez, se buscar o perdão e o socorro em Jesus Cristo, Ele vai ouvir as suas palavras e lhe trazer a paz de espírito.

Para ter paz na vida, vencer o desespero e a vontade de morrer é preciso aprender a conversar com Jesus Cristo, pedir perdão para Ele das coisas erradas que andou fazendo, e depois disso, convidá-lo para ser Senhor da sua vida;morar no seu coração. Isto quer dizer que você não vai tomar mais nenhuma decisão sem consultar a vontade de Jesus. Isto é feito através da oração. Quando você colocar a vontade de Jesus sobre a sua vontade, estará aceitando o Senhorio dele na sua vida. 

Em Romanos 3:23 está escrito:

"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;  E em Romanos 6:23 diz: Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor."

E como alcançar este perdão? Na 1ª Carta de São João diz: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça".  E mais:   "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo".

Pedir perdão dos pecados é como lavar a louça suja. 

É preciso confessar todas as coisas ruins que for se lembrando. Cada uma deve ser limpa. E, no final, pedir perdão ao Senhor e firmar um compromisso com Ele de não mais repetir os mesmos erros. Se você deve a alguém, o procure e ajuste um compromisso. Se você magoou alguém, vá até essa pessoa e lhe peça perdão. Se você está magoado com alguém, chegue até esta pessoa e diga que você estava muito entristecido com ela e lhe peça desculpas. Da mesma forma que para lavar a louça é preciso limpar uma por uma, assim também é, por analogia, a forma de limpar os pecados guardados nos velhos sacos de lixo do coração. Não fique preso e acorrentado às mágoas e frustrações do passado. É preciso tratar o passado com o perdão e o esquecimento, sob pena de perder as melhores coisas que estão no futuro.

Compre, se quiser,  uma Bíblia de estudos para conhecer a vontade de Deus e entender os propósitos Dele para sua vida. O tempo diário que você vai tomar para ler a Palavra de Deus, para orar, também vai ser o mesmo tempo que Deus vai tomar providências a respeito das suas necessidades. Isto pode se entendido lendo Atos dos Apóstolos, capítulo 09. Eu gosto muito da Bíblia de Estudos Pentecostal, Editora CPAD, porque ela traz comentários explicativos nos rodapés das páginas e isto é muito importante para entender qual é a vontade de Deus para sua vida. Foi assim que fui tirando minhas dúvidas.

Agora veja que lindo texto bíblico há no capítulo 55 do Livro do profeta Isaías:

"6 Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.
7 Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.
8 Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR.
9 Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.
10 Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come,
11 Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei.
12 Porque com alegria saireis, e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cântico diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas.
13 Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça crescerá a murta; o que será para o SENHOR por nome, e por sinal eterno, que nunca se apagará."

Agora que você já leu este meu texto até aqui, vou lhe perguntar uma coisa: O que está sentindo seu coração neste momento?  Eu creio que você está sentindo uma coisa boa, isto é apenas uma pequena amostra do que a presença de Deus faz quando começamos a nos aproximar dele.

É um sinal de que tudo o que falei desde o início é verdadeiro. Não existe profundidade de buraco que Deus não alcance nem espírito da morte que Ele não expulse. Como está escrito no Salmo nº 37: Agrada o Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e Ele tudo fará"

Procure uma Igreja Evangélica mais perto da sua casa para congregar e fazer parte da família de Deus. Lá você poderá aprender, assim como eu, e um dia também vai estar de madrugada, como eu, escrevendo na direção do Espírito Santo, para que outra pessoa, como você, saia do desespero e se aproxime de Deus.  Escolha uma Igreja que não esteja interessada apenas no seu bolso. Eu congrego na Igreja Assembleia de Deus, é uma boa Igreja para se aprender a Palavra de Deus. Tão boas quanto, são as Igrejas: Batista, Presbiteriana e Metodista.

Deus lhe abençoe todo dia com saúde, paz, segurança, prosperidade e harmonia no lar.

Do seu irmão em Cristo,

João Batista Cruzué
Presbítero da Igreja Evangélica Assembleia de Deus
cruzue@gmail.com



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