segunda-feira, fevereiro 16, 2015

Cinquenta tons de cocô

.
Cinquenta tons cocô
João Cruzué

Soube que por estes dias vai começar o lançamento no cinema da versão dos livros de E. L. James. Uma suposta dona de casa que começou a escrever pornografia e sadomasoquismo para outras donas de casa. Vi muitas vezes este livro nas mãos de senhoras dentro de trens e metrôs. Como passo na frente da Livraria Loyola da Barão de Itapetininga, a caminho do trabalho, por vários meses os três livros desta trilogia estavam na prateleira na porta da rua. Este post tem uma história muito interessante que vai resumir bem minha opinião sobre os livros da senhora James.

Minha prima, a Professora  Raphaella, estava para ganhar seu primeiro bebê, quando saiu o tal livro "Cinquenta Tons de Cinza". Ela,  preocupada com enxoval e fraldas, aproveitou para dizer o que pensava do livro, com este outro nome bem sugestivo "cinquenta tons de cocô". O título, embora meio ambíguo referia-se a foto de uma fralda cheia de cocô de neném. Um degradê de marrom-m... Pelo outro lado semântico, também externava sua opinião do que pensava sobre o livro: um cocô!

Observei bem o time do lançamento deste livro. Ele veio imediatamente após a trilogia Crepúsculo, que falava sobre o amor entre jovens vampiros. A industria mundana do "entretenimento" é muito eficiente: Primeiro esgotou seu poder de fogo em cima de jovens e adolescentes, depois, com a sra. E. L. James trouxe os livros de pornografia e sadomasoquismo para donas de casa. Vampiros e sadomasoquismo. Uma fartura de coisas mundanas para gente curiosa.

A curiosidade humana sempre foi a isca preferida do diabo, para desconstruir a família.

Como cristão sei que estas coisas são entretenimento mundano para quem quiser ler e assistir. Por outro lado, quem quer ser um fiel seguidor de Cristo que não vai ver estes filmes diabólicos nem ler este tipo de literatura podre. Não existe comunhão ente o Espírito Santo e as obras das trevas. Ou você ouve a voz do Espírito Santo ou não ouve.

É nesga ocasião que fica bem transparente para Deus quem são os e os filhos da desobediência. Quem ama, procura fazer tudo para agradar a quem quer bem. Não se pode servir ao DEUS ALTÍSSIMO e às trevas ao mesmo tempo. O cristão que lê e assiste estas porcarias está entristecendo o Espírito Santo de Deus e comprometendo o futuro da própria vida sentimental. Você sabe porquê muitos jovens crentes, hoje, estão enfrentando a destruição de seus lares? Imagino que é muito provável que a semente maligna destas desgraças foi plantada pelo diabo em tempos passados.

É o mesmo ciclo vicioso do engano da serpente: o diabo oferecendo uma coisa agradável aos olhos e boa para trazer a liberdade: A porcaria "perfeita" para matar, não só a CURIOSIDADE, mas contaminar o futuro de uma vida sentimental. É o laço do diabo camuflado de cinquenta tons   de "liberdade" na beira do caminho para crentes curiosos. Liberdade, uma ova!

Quem quiser ser fiel ao SENHOR,  que não gaste seu dinheiro com isso.

















Nada de cinza, a questão é preta ou branca.




Autor Kevin DeYoung
Publicado em Reforma 21

Republicando aqui por considerar o artigo mais sensato que li sobre o livro e o filme 50 Tons de Cinza:

Não há nada de cinza a respeito de um seguidor de Cristo ver 50 Tons de Cinza. A questão é preta ou branca. Não vá. Não assista. Não leia. Não alugue.

Eu não quero sequer falar sobre isso. Outro blogueiro e eu andamos em círculos por várias semanas pensando em como poderíamos escrever uma resenha crítica satírica alfinetando aqueles que acham que precisamos ver esse filme para sermos relevantes. Não conseguimos. Não há forma de fazer um humor forte o suficiente para condenar filme tão vil.

E não, eu não fui ver o filme. Nem sequer assisti o trailer. Também não li uma única página do livro. Ler sobre a premissa na Wikipedia e no IMDb por alguns minutos me convenceu de que eu não precisava saber mais. O sexo é um presente maravilhoso de Deus mas, assim como todos os presentes de Deus ele pode ser aberto em um contexto errado e reembalado em um pacote feio. Violência contra mulheres não é aceitável só porque ela é aberta à sugestão, e o sexo não é aberto a todas as permutações, até mesmo em um relacionamento adulto. Consentimento mútuo não cria uma filosofia moral.

Sexo é um assunto privado para ser compartilhado na privacidade e santidade do leito matrimonial (Hebreus 13.4). Sexo, assim como Deus designou, não é para atores que fingem (ou não) que estão fazendo “amor”. O ato da união conjugal é o que casais casados fazem a portas fechadas, não o que discípulos de Jesus Cristo pagam dinheiro para assistir em uma tela do tamanho de suas casas.

Como já disse antes, precisamos ser criteriosos no que colocamos em frente aos nossos olhos, sendo homens e mulheres sentados em lugares celestiais (Colossenses 3.1-2). Se 50 Tons de Cinza é um problema, qual é o padrão de aceitação para o resto da sexualidade livremente consumida? Veja bem, a consciência do pecado não é por si só o problema. A Bíblia é cheia de relatos de imoralidade. Seria simplista e moralmente insustentável – até mesmo antibíblico – sugerir que você não pode assistir ou ler sobre um pecado sem pecar. Mas a Bíblia nunca se deleita em sua descrição do pecado. Ela nunca pinta o vício com as cores da virtude. Ela nunca se entretém com o mal (senão para zombá-lo). A Bíblia nunca cauteriza a consciência tornando o pecado normal e a justiça estranha.

Cristãos não deveriam tentar “redimir” 50 Tons de Cinza. Não devemos achar bonitinho e divulgar uma nova série de sermões chamada “50 Tons de Graça”. Não devemos envergonhar a arte ou a santidade ao pensarmos que, de alguma forma, algo tão escuso como 50 Tons vale a pena ser visto ou analisado. De acordo com a lógica de Paulo, é possível expor um pecado e mantê-lo escondido ao mesmo tempo (Efésios 5.11-12). “Um bom homem se envergonha ao falar do que várias pessoas não se envergonham de fazer” (Matthew Henry).

Alguns filmes não merecem uma análise sofisticada. Eles merecem um sóbrio repúdio. Se a igreja não pode estender graça a pecadores sexuais, nós perdemos o coração do evangelho. E se nós não podemos falar que as pessoas devem ficar longe de 50 Tons de Cinza, perdemos a cabeça.

Traduzido por Marianna Schulz | Reforma21.org | Original aqui

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.